Devocional - Esaú. Um Verdadeiro Israel.


ESAÚ. UM VERDADEIRO ISRAEL.


"... O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz".

"Mas Esaú correu ao encontro de Jacó e abraçou-se ao seu pescoço, e o beijou. E eles choraram".
(Ef 2. 15b/ Gn 33. 4).



Ao dar sua primogenitura ao irmão, Esaú não percebeu que sem querer, em algum lugar caiu seu coração [Gn 25. 29- 34]. E ele lhe fez falta, quando foi preciso entender que era responsável por metade do erro que seu irmão cometeu [25. 32]. Sua mãe estava certa [27. 45]. Quando a dor da angústia fosse embora, e Esaú finalmente encontrasse seu coração, as coisas se acertariam novamente [27. 41]. Como a História de Gênesis acontece para dar razão ao nascimento de uma nação, a virtude de Esaú nos passa despercebida. Em seu lugar, nos é descrito o processo a que Jacó é submetido [32. 10]. E é lamentável, que devido à falta de informação, muitos pensem que Esaú era de má índole.

Em suas próprias palavras compreendemos que Deus não se esqueceu de Esaú; concedendo-lhe uma vida regada e feliz. Ele era próspero o suficiente para rejeitar a gorda oferta de Jacó [33. 9]. Mas, com certeza a sua maior riqueza era ter de volta o coração no peito. O modo como recebe seu irmão nos demonstra como ele era rico, riquíssimo. Sempre pronto para lutar, sabia quando uma briga era de verdade. O coração faz as lembranças terem sentido, e quanto mais vivo, mais real é o sentimento emanado. E aliado as suas lembranças, Esaú desejou ver o homem que Jacó havia se tornado. Se era ele mesmo, claro que era outro homem dentro dele. Mas, por prudência e para segurança de sua família, era melhor levar um pequeno exército [33. 1]. Vinte anos podem mudar muitas coisas, mas sabemos, que nem todos conseguem mudar [31. 41].

Esaú era a última lição de Deus para Jacó. A imagem do Israel que para Jacó, Ele idealizou. Não andar direito, para aprender a andar com um homem de verdade, com coração dentro do peito e alma dentro do coração [32. 31]. Um homem preparado para lutar e mais ainda para perdoar. Que sabia que as vitórias íntimas são mais especiais que do que as derrotas que em nós ninguém consegue enumerar. A máxima popular – acho eu, vem desse tempo –  é verdade: “É melhor ser feliz, do que ter sempre razão”.

Certamente isso evitaria muitos muros e muitas guerras. (Ef 2. 11- 22).




Ney Gomes. - Twitter@neygms
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10


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