C. de Eliseu - Profetas Velhos, Novos e Legítimos.


Comentário 08.
PROFETAS VELHOS, NOVOS E LEGÍTIMOS.

“Pois está escrito: “Sejam santos, porque Eu sou santo”.

“Os discípulos dos profetas disseram a Eliseu: Como vês, o lugar onde nos reunimos contigo é pequeno demais para nós”.  (1 Pe 1. 16/ 2 Rs 6. 1).

            Essa admoestação é a mais clara da Bíblia sobre o caráter de Deus. Entre tantas outras que existem, é ela que revela o que de tudo Deus realmente É, e que de fato precisamos saber (I Pe 1. 16). Deus sempre deixou claro que existem condições para Ele se manifestar há alguém e há um povo (2 Cr 7. 14/Js 3. 5). Saber disso nos abre vantagem na busca de Sua graça e poder. E tornar esse conhecimento acessível foi missão sempre aceita por homens como Eliseu.

                Os legítimos portadores da mensagem profética devem cultivar em sua vida hábitos de santidade (santidade aqui significa, crescer na capacidade de fazer o bem) que vão lhes assegurar que a presença de Deus não lhes abandonará (1 Rs 17. 5, 6/Jz 16). Para isso os profetas criaram uma escola que auxiliaria os vocacionados, e que os ajudaria a manter a pureza de seu ofício diante de Deus e dos homens. Eliseu acreditava fortemente que o dom profético não era fonte de lucro financeiro, que não se deveria usar desse dom para se assentar no palácio do rei e beber de seu vinho. A palavra de Deus deve receber a mesma importância de reis (2 Rs 18. 6), príncipes (Js 1. 8) e profetas! (I Cor 14. 37). O comentarista bíblico, por de trás da BÍBLIA CATÓLICA, EDIÇÃO PASTORAL diz: “Os profetas são aqueles que mantêm viva a consciência do povo, os vigias das relações sociais e os grandes críticos da ação política dos reis (...) eles se ocupam tanto de religião, como de moral e política, pois tudo deve estar submetido a Deus, o único rei sobre o povo” (pág. 363 – Ed. Paulus).

A escola de profetas não era para ensinar ninguém a profetizar (I Cor 12. 11), pois isso não se ensina. Ela era para esmerar, polir o caráter de todos aqueles que quisessem percorrer esse caminho. Profetas são incompreendidos, muitas das vezes ofendidos, perseguidos, marginalizados (1 Rs 22. 27, 28), mal amados pelos homens (1 Rs 18. 17), esquecidos (Gn 40. 23) e a lista não para por aqui (Hb 11. 37). Mas, profetas são amigos de Deus (Is 41. 8), veem as suas maravilhas, recebem de primeira mão as notícias do céu (Gn 18. 17). Nos três anos em que os discípulos estiverem com Jesus, Ele não os ensinou a serem milagreiros, ensinou-os a lhe darem com os milagres e suas consequências, em não serem reféns de uma vida sobrenatural, tal como Simão, o mago! (At 8. 18, 23 – sem mencionar Balaão – Jd 11)
       
        Precisamos nesses dias em que vivemos de profetas como Eliseu (e Moisés), que tenham mais a ensinar do que a profetizar. De pessoas e profetas com conteúdo Bíblico. As igrejas, nós! Precisamos de profetas como Eliseu e Daniel, que liam as Escrituras e que delas extraíam a infalível, boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Dn 9. 2).


Ney Gomes.  
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10



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