Devocional - A Plenitude da Divindade no Homem (Mt 6. 33).




A Plenitude da Divindade no Homem.

“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
(Mt 6. 33 – ACF)

Ora, todas as coisas invisíveis dão testemunho por meio de algo material; tangível. Todo o Novo Testamento trabalha com essa regra. Por exemplo, se uma árvore é frutífera, é preciso somente esperar o seu tempo de frutificar. Depois disso, podemos dizer que fruto é (7. 20).

O Reino de Deus possuí duas manifestações distintas que dão testemunho de um comportamento único. O primeiro aspecto é o interno/íntimo, a vida imanando [imanente] em mim. Eu sou o alvo da divindade (Jo 3. 16/Lc 17. 21). Deus se manifestando dentro de mim! O segundo aspecto é o externo/público, a vida emanando [emanante] de dentro de mim (Jo 15. 8). Eu sou o arco da divindade (Sl 127. 4, 5). Quando estou na igreja, eu preciso sentir o Reino de Deus, mas quando saio da igreja, preciso torna-lo visível (Sl 35. 9, 10).

A vida Cristã apresenta as maiores falhas onde mais é necessário a presença do homem; no seu manifestar! Não é por acaso que o amor ao próximo nos é um mandamento (Mc 12. 31). Falhamos tanto nisso, que mesmo a esposa, figura de grande apreço e valor, recebe ordem para ser amada (Ef 5. 25). Somente o discipulado, que é uma ação imanente constante, pode consertar o manifestar de seus princípios em nós, nos libertando das tiranias e prisões da vida. Disfarçadas inúmeras vezes, de um desejo de ter e ser, descontrolados (I Jo 2. 17). Alias, Deus é transcendente [atributo incomunicável], e é preciso que os que desejam a Sua presença, se desprendam das coisas dessa vida, para alcançar o máximo de seu potencial nesse propósito (Cl 3. 1- 5). 

“Eu vejo o Reino de Deus e o Reino de Deus é visto em mim!” Essa sentença resume o que devemos desejar. O verdadeiro Cristão vive no equilíbrio desse desejo: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”. (6. 10) Devemos amar com igual força, tanto o que desejamos ver, como aquilo que devemos mostrar! Esse duplo conceito (I Ts 4. 1), que forma uma única coisa, extravasa por todo o NT. Basta olhar atentamente para se perceber o seu clamor: “Pai nosso, que estás nos céus (imanar), santificado seja o teu nome (emanar)”. 

É João que diz: “aquele que afirma que permanece nele (imanar), deve andar como ele andou (emanar)”. Paulo também afirma: “Como, pois, recebestes (imanar) o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele (emanar)”. Tiago também dá seu parecer: “Portanto, assim como o corpo sem espírito está morto, da mesma forma a fé (imanar) sem obras (emanar) está morta”. (I Jo 2. 6/Cl 2. 6/Tg 2. 26)

O código neotestamentário é simples. Percebe-se rapidamente, quando se quer, que igreja não se trata somente, “do venha nós o vosso Reino (imanar)”.

Ney Gomes. 11/08/2015
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10


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