A Superioridade do Propósito – parte 1.





A SUPERIORIDADE DO PROPÓSITO – PARTE 1. 

“E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele (em outro lugar). Jesus, porém, não lhe permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti”.

(Mc 5. 18, 19, anexo meu - ACF)

Propósitos são maiores que milagres, que necessidades, que pessoas e maiores que lugares. As cartas de Apocalipse são endereçadas a 7 lugares distintos, no entanto, ela tem um só propósito: falar aos vencedores! Moisés tirou o povo de Deus de um ‘lugar’ e deu a eles um propósito, mas eles falharam em entender isso, como muitos também o fazem. Sansão foi mais um desses! Ele trocou o propósito divino para o qual nasceu por um lugar nos braços de Dalila. Em tempo, sabemos, corrigiu isso, mas o fez sob um alto custo para si mesmo (Jz 16. 30). Foi Jesus que libertou aquele que tinha sido a ‘fera de Gadara’ de cair em outra prisão: a prisão de alimentar a crença em lugares (Mc 5. 18, 19).

Todo propósito nos leva a algum lugar, mas nem todos os lugares nos levam a um propósito. Poderíamos citar o filho pródigo e sua péssima experiência com a troca de um lugar pelo outro (Lc 15. 13). Poderíamos falar de seu irmão mais velho e sua frustração de não encontrar alegria naquele lugar, que era a casa de seu pai (v. 28). O propósito nos liberta das tragédias dos lugares. E liberta os lugares de suas tragédias (At 16. 26). Enxergamos isso naquela que parece ser a infeliz história da jovem escrava da casa de Naamã. Foi o propósito de sua fé, que ao gerar um milagres, a fez se reconectar com sua terra natal (II Rs 5. 2, 3). Tanto ela como Pedro nos ensinam que não é difícil crer, difícil é ignorar o poder circunstancial que alguns lugares podem gerar (Mat 14. 29, 30). E o que dizer de Noemi? De sua fuga espetacular das prisões do erro de seu marido? Não foi ele que se permitiu guiar pela temática pobre de quem acredita que pode encontrar a verdadeira prosperidade seguindo a riqueza de lugares? (Rt 1. 1- 5).

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Desde que Adão pecou, estamos todos tentando preencher o vazio das coisas que essa queda derrubou. A identidade, o propósito e o destino (parafraseando Rick Warren). Tais coisas nos que creem foram restauradas por Cristo Jesus, por meio do novo nascimento (Jo 1. 12). E ninguém é melhor professor que José, quando a matéria é ‘viver sob propósito’. Na peça teatral que é sua vida nos deparamos com a seguinte cena: Um cela prisional, três destinos e três homens que são assistidos por reis. Dois desses homens vivem sob o ‘governo’ de lugares: o padeiro e o copeiro. Ambos chefes e assistentes diretos de Faraó. O padeiro saí dali para morrer, três dias depois! O copeiro sai dali, três dias depois para continuar a ‘mesmice’ de sua existência fraca e sem valores. Mesmo sendo alertado por José do significado de seu sonho, não conseguiu pagar a gentileza, senão com a ingratidão de seu esquecimento (Gn 40. 23).

Estar sob o ‘governo’ de lugares é estar vivendo por sorte; e a sorte é imprevisível. Mas por fim, temos José, assistido pelo Rei de toda terra. Nascido para governar seus irmãos, e alertado por sonhos desse propósito pelo próprio Deus, Senhor e Rei de tudo. Mesmo o Egito não lhe sendo um lugar bom, José não se desviou de seu propósito. Por isso, sai daquele cárcere, usando a mesma porta que usou o padeiro e o copeiro, para ser o governador de toda a terra. E mais, tempos depois, de todas as terras onde a fome havia chegado com seu governo destruidor, inclusive Canaã. Onde seus irmãos habitavam (Gn 42. 2).



Apenas propósitos mudam, restauram e transformam vidas. Aos lugares nunca foi concedida essa sorte divina (Pv 30. 25a). Eles podem ser bons por um tempo, como o foram para Elimeleque, como o foram ao filho pródigo, mas no fim, levarão a morte, como bem entendeu Salomão (Pv 14. 12). O princípio divino é viver sob propósitos (Jo 18. 37). Lugares são de valor estrutural. Princípios são essenciais, estruturas são opcionais.

Não se permita ser ‘moldado’ por lugares (Jr 29. 4- 11). O SENHOR não se move em lugares para salvar pessoas. Ele se move em pessoas para salvar pessoas e lugares (At 1. 8). Por mais de vinte anos Davi viveu em Israel sem paradeiro, fugindo de Saul como um desafeto. Por tempo parecido José, que arrancado de casa por seus irmãos, viveu sem ter um lugar para chamar de seu, e em sua morte deu testemunho disso, em seu último pedido (Hb 11. 22). Mas o propósito fez em José, um salvador de histórias humanas. O propósito fez em Davi o rei que Deus havia prometido!



Ney Gomes - 27/06/2018. Twitter@neygms 

"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10





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