C. de Eliseu - Poder Moral.
P O D E R M O R A L .
“Mas Josafá perguntou:
Será que não há aqui profeta do SENHOR, para que possamos consultar o SENHOR
por meio dele? Um conselheiro do rei de Israel respondeu: "Eliseu, filho
de Safate, está aqui. Ele era auxiliar de Elias". Josafá prosseguiu:
"A palavra do SENHOR está com ele". Então o rei de Israel, Josafá e o
rei de Edom foram falar com ele”.
(2 Rs 3. 11, 12).
“Porquanto João dizia a
Herodes: "Não te é permitido viver com a mulher do teu irmão". Assim, Herodias o odiava e queria matá-lo.
Mas não podia fazê-lo, porque Herodes temia João e o protegia, sabendo que ele
era um homem justo e santo; e quando o ouvia, ficava perplexo. Mesmo assim gostava
de ouvi-lo”.
(Mc 6. 18, 20).
Um das qualidades principais de Eliseu se encontra
também na vida de homens como João Batista, Estevão, Paulo e João, o apostolo: – Poder Moral –.
O
Sacro Escritor de Hebreus nos aconselha em sua carta que a melhor solução para
fugir do pecado é olhar para Jesus, autor e consumador de nossa fé (12. 2/Col
2. 6, 7). Jesus, nosso exemplo máximo de conduta, confiava em Deus, tinha vida
santa e íntegra na palavra. Eliseu tinha esses requisitos bem preenchidos em
sua vida. Ele desafiava reis, nobres e plebeus com a mesma naturalidade. Alias,
faz parte do ofício profético colecionar inimizades (2 Rs 6. 20, 23).
Poder moral é não ter dividas espirituais e sociais. Pois esse era o caráter
mais forte da profecia do Velho Testamento (Rm 13. 8/Mt 5. 23, 24). O profeta
da velha aliança devia mostra em sua vida inflexibilidade moral
ante os valores e poderes desse mundo, enfim, ser incorruptível (Ef 6. 24/ 2 Pe
1. 4, 10/Ez 22. 28). Devia também influenciar mais pela sua conduta, do que por
suas palavras. E é esse tipo de profeta que a igreja deve apresentar ao
mundo de hoje. O amor de Deus que conquista os homens é um amor sem
interesse esdrúxulo, e essa essência desinteressada é a mesma essência da
profecia que o mundo precisa ouvir (I Cor 13. 5 - Nos tempos de Eliseu, muitos profeteiros
ficavam a redor da mesa do rei comendo de sua delícias, bebendo de seu vinho e
usufruindo dos corredores do palácio real). Faltava-lhes amor de Deus. E o
amor, é a virtude sempre ativa do Espírito. O pastor Ricardo Robortella, em uma publicação na internet, do dia 29/09/2006 disse o seguinte: “A principal função de um profeta é tocar nos fundamentos
da igreja e viver ardentemente pela verdade. Um verdadeiro profeta de Deus
queima pela justiça e zela pela verdade”.
As
orações de Eliseu rasgavam os céus e alcançavam o coração de Deus.
Devido a isso, Ele fazia por Eliseu coisas até então impensáveis (2 Rs
4. 14, 17/Sl 81. 13, 16). O mundo não precisa de profetas por impulso,
nem de profecias ocasionais, o que o mundo precisa é de profetas vocacionados (Jr 1. 5/Is 49. 1/Gl 1. 15 – 4. 4),
que preguem com conduta e por convicção daquilo que vivem e acreditam. Jesus
apontou João Batista como um homem incomparável (Mt 11. 1-15), e creio eu, que
isso Ele dizia de seu caráter como profeta. Olhando a vida de homens como João
Batista e Eliseu, nos certificamos que a autoridade
profética, não reside no impulso, nem tão pouco na inspiração
cúltica (profecias de cultos públicos), mas na vocação daqueles que se
sentem chamados a pregar a Palavra de Deus aos homens (Ez 2. 4, 6). João
Batista em sua coragem profética foi sem igual e, contudo, a única experiência espiritual que teve foi ver o
Espírito Santo descer sobre Jesus em seu batismo. Experiências sobrenaturais não
fazem de ninguém um representante legal de Deus na terra, e isso é um fato
comprovado na vida de João Batista (Mt 7. 22-29). O
mundo em que vivemos, tal como nos dias de Eliseu e João Batista não pode
esperar mais o impulso ou a inspiração, os dias são maus e difíceis.
Se
de fato não somos, o mundo jamais vai deixar de ser (Mt 5. 13/Rm 12. 1, 2/2 Tm
4. 2).
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