Discipulado - Uma Nova Vida para Coisas Novas.
UMA NOVA VIDA PARA COISAS NOVAS.
Leitura Contextual: II Reis 4. 8- 37
“Os antigos desejos malignos de vocês foram pregados na cruz
juntamente com Ele; aquela parte que em cada um de vocês gosta de pecar, foi
esmagada e mortalmente ferida, de maneira tal que esse corpo, amante do pecado,
não está mais sob o controle do pecado e não necessita mais ser escravo dele”.
(Rm 6. 6 – BV).
Certamente você já ouviu alguém verbalizar a seguinte sentença: “A
vida é minha e eu faço o que bem entendo”. Quando se trata da vida que herdamos
de Adão, a sentença é verdadeira. Recebemos de Adão uma vida “escangalhada”,
quebrada e decaída. O sentido real da vida foi destruído pelo pecado de Adão,
logo, essa vida não tem propósito, podendo ser usada até mesmo para as mais
inimagináveis e odientas coisas!
A vida que recebemos de Adão, por meio do nascimento natural, para
nada serve aos olhos e objetivos de Deus. Para nada ela é proveitosa. Verdade
que obrigou Jesus a morrer por nós. Para nos dar a oportunidade de experimentar
um novo viver, que é emanado de uma nova vida. Encontramos essa ilustração na
passagem de Eliseu com a Sunamita (II Rs 4). Quando Eliseu ressuscita a
criança, os ensinamentos apontam para uma vida com propósito e prioridades. É
uma nova vida, cheia de novos objetivos. É uma vida organizada e priorizada.
Com essa vida não é
permitido fazer o que se bem entende. Nela, pelo
sangue de Jesus, já vem embutida um propósito. Que é de existir para a glória
de Deus! Quando Eliseu trouxe de volta a criança dos mortos, a vida que foi
injetada era uma vida espiritual. Essa verdade está descrita no movimento de
Eliseu. A
boca é um instrumento espiritual.
Assunto de grande destaque por todo o Novo Testamento (Mt 15. 18, 19/Tg 3. 10,
11/Pv 6. 2). Os
olhos são janelas da alma,
portais de entrada do coração. Jesus falou seriamente sobre os olhos (Mt 6.
22). As mãos são alvos
constantes da atenção de Deus por todas as Escrituras (Sl 24. 4/Ec 9. 10/Ap
2. 2 e 19). Elas são símbolos de proteção e serviço e devem na nova vida proteger os olhos e a boca (Pv 30. 32/Jó 40.
4/Mq 7. 16/Sl 90. 17).
O ritual de Eliseu foi feito para
nos revelar que a nova vida acontece sob a luz de novas prioridades. Alegoricamente o texto nos
leva a verdade mais profunda da Cristandade: O
discipulado é uma transferência de vida. Mas, a pessoa que recebe deve estar
morta [para o mundo – Lc 9. 23].
A Voz de Deus só pode criar algo dentro de nós, quando as outras vozes
são silenciadas em nosso interior (Gn 1. 1, 2). Jesus é a maior transferência de todo esse processo, pois Ele mesmo se definiu não como tendo, mas sendo Ele mesmo a própria vida! (Jo
14. 6)
Essa vida é apontada como tão poderosa que suas consequências e
aplicações transcendem até mesmo o nosso entendimento (Jo 10. 17; 11. 25).
A nova vida já nasce com propósitos “reais e
sacerdotais”. Da velha só é dito que Adão a danificou e diminuiu (Rm 3.
23). A nova vida é uma plataforma de lançamento (Mt 6. 33). Um meio para se
alcançar um fim que a velha vida nunca vislumbrou nem
em seus melhores sonhos e imaginações (II Co 5. 17). E a tragédia da vida Cristã acontece quando não somos ensinados a
viver essa nova vida (Cl 2. 6/Rm 8. 1). Quando com velhas práticas queremos
tocar aquilo que é novo (Is 6. 5/Mt 9. 17). Já ficou provado que Adão não sabe
lidar com as coisas de Cristo. Por isso, aos que nasceram de novo, Jesus deu a
ordem de discipular e ensinar a guardar os “novos mandamentos” (Mt 28. 19, 20).
A velha acontece sem cartilhas. Ela não tem propósito mesmo! Ela só acontece
para ela mesma, é egoísta e mesquinha. Mas
a nova, precisa de um manual, pois seu propósito é existir para a glória, a
honra e o louvor Daquele que lhe criou (Hb 10. 25). Ela é cheia de poder (Jo 1.
12) e precisa acontecer com clareza, com sabor e de forma visível (Mt 5. 13,
14).
A nova vida acontece em adoração (Jo 4. 23). Somos
chamados para adorar ao Pai pelo que Ele é; dar-lhe louvor pelo que Ele faz e
render-lhe graças pelo que Ele tem feito hoje, agora. E isso não é uma missão
fácil, ela precisa ser ensinada com o coração, até chegar ao coração (Ex 20. 3/Mt
4. 10; 12. 30).
É preciso
ter uma nova vida para descobrir “coisas novas”. Esse é o grande ensinamento que nos
trás a vida de Cornélio. Não adianta querer fazer coisas boas com uma velha vida. Por isso, Deus mandou até ele
um anjo, Pedro e a Palavra (At 10).
Ney
Gomes – Italva, 25/10/14. “Estilo Rascunho”.
"Se trabalhamos e lutamos é porque
temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
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