Especial - Um Enigma para Samuel.

 

Estela de Tel Dã.

 UM ENIGMA PARA SAMUEL.

“Porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração”.  (1 Samuel 13. 14 - ACF) 

“Então disse Saul a Samuel: Pequei, porquanto tenho transgredido a ordem do Senhor e as tuas palavras; porque temi ao povo, e dei ouvidos à sua voz” (I Sm 15. 24). 

A confissão de Saul, espontânea e provavelmente verdadeira em essência, deu ao SENHOR o tempo necessário para resolver três grandes problemas que poderiam surgir por uma ação tempestiva. 

O primeiro: não prestigiar a liderança profética de Samuel, uma vez que foi esse mesmo profeta, em dias não tão passados, que escolheu Saul para ser rei de Israel. Em segundo: manter em segurança a família de Saul, uma vez que o mesmo como rei havia liderado com coragem as batalhas de Israel. Sem essa ferramenta institucional (o trono), que um rei dispõe para lhe proteger, juntamente com sua família, ele seria um alvo fácil para os seus inimigos, adversários e opositores. Isso é, os inimigos de Israel. 

Por terceiro: aquele a quem o SENHOR havia escolhido, o tal homem segundo o seu coração, ainda não estava preparado para assumir uma responsabilidade com todo Israel. Por causa de Samuel, Deus mudou o coração de Saul. Não deu certo! O SENHOR agora iria fazer do seu jeito, como fez com Moisés: preparar! Com Moisés foram precisos 40 anos, mas com Davi foram necessários apenas 20 (O vaticínio era verdadeiro, o coração poupou o SENHOR de 20 anos). 

Quando a Palavra do Senhor veio a Samuel, esse ainda não sabia muito bem o porquê do Senhor ter rejeitado Saul em dinastia. Samuel tinha Saul em grande estima, e esse fato servia como combustível aditivado para sua tristeza, que subiu como um foguete até o Trono do Altíssimo (I Sm 16. 1). 

O que o profeta parecia não ter entendido é que a escolha de Deus estava estampada, previamente revelada no detalhe. No entanto, ela só poderia ser compreendida com o aparecimento, o surgimento daquele a quem Deus havia escolhido para ser rei de Israel. Em escritos antigos encontrados em descobertas arqueológicas daquela região, é revelado o enigma de Deus para Samuel.  Na verdade, quando olhamos as letras hoje, percebemos que o enigma não era tão enigmático assim. 

Na forma fenícia da época, num proto-hebraico, podemos perceber o elemento que define Davi por toda a história bíblica: O seu coração! 

Nesses casos, onde o nome “Davi” é mencionado, dois triângulos e um graveto aparentemente quebrado no meio, formam o seu nome. Milênios após, ele entrou na bandeira de Israel como dois triângulos em oposição, que também se encaixam perfeitamente no coração da Árvore da Vida, isso é, da “sefirot”. 

Todavia se olharmos atentamente e com calma, analisando a palavra-chave do texto bíblico que revela o elemento que define a nova escolha do rei de Israel, vamos perceber facilmente que a compreensão recai sobre uma forma anatômica rústica, uma forma primitiva de descrever um coração. 

Desenho feito pelo autor.
Não pode ser usado sem a autorização do mesmo.

O coração humano como bem sabemos atualmente, é um músculo formado por duas partes, que trabalham de maneira pareada, um deles bombeia o sangue arterial rico em oxigênio. O outro bombeia o sangue venoso, pobre em oxigênio. O trabalho realizado pelo coração é dividido perfeitamente por um outro músculo chamado septo. 

O septo cardíaco se divide em três. Essa tríplice divisão aponta para a letra hebraica “Vav”, reconhecida naqueles dias na figura de um Y, ou de um número “4” mal feito, empenado. A razão de ele aparecer como forma de estrela, em oposto, reside na razão de ele (o coração) fazer de uma vez, duas coisas que são opostas em si, levar e trazer sangue. 

Desenho feito pelo autor.
Não pode ser usado sem a autorização do mesmo.

É como entrar pela primeira vez numa aula de anatomia e encontrar um coração dividido em partes numa bandeja sobre o balcão, pronto para ser estudado. Se juntas, as três letras formam uma gravura quase rupestre de um coração humano. Tal coisa é na verdade uma chave de governo do Altíssimo, um modo de revelar o seu domínio sobre todas as coisas e de incentivar gerações futuras a acreditar em Seu poder. 

Desenho feito pelo autor.
Não pode ser usado sem a autorização do mesmo.

Você pode usar a “Estrela de Davi” em qualquer lugar, usar seu simbolismo para explicar qualquer coisa, atribuir a ela poderes mágicos, cósmicos, ocultos e eternos. Pode com suas seis pontas fazer qualquer cálculo matemático a nível de alquimia e transformar com isso, chumbo em ouro. Abrir por meio desse, portais dimensionais pelo espaço e tempo, mas no final das contas, para Deus tudo sempre será sobre “coração”, sobre ter junto de Si, pessoas segundo o Seu coração! (Salmo 131)

ESSE ESTUDO FAZ PARTE SÉRIE

"A SEFIROT E O FRUTO DO ESPÍRITO".

Ney Gomes - 24/09/2023. Twitter@neygms

"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10

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