Texto Apologético - A IMAGEM DA IGREJA
A IMAGEM DA IGREJA.
Certas coisas não devem mudar nunca, principalmente aquelas que foram estabelecidas por Deus. Alias, o caráter eterno do que Deus faz já foi até mesmo usado contra ele numa tal acusação da qual não temos conhecimento total (II Pe 3. 3, 4). Certas coisas que Deus fez não deveriam mudar nunca e uma delas certamente é a igreja. E como ela tem mudado! Nessas últimas décadas suas mudanças nos tornaram em seus reféns. Na engrenagem natural dessa máquina de salvação que chamamos de igreja, já existe um mecanismo de renovação automático e ele se chama homem. Quanto à imagem da igreja, ela não precisa de retoques de modernidade. Ela é bonita eternamente, a noiva amada de Cristo. A humanidade sempre precisou de imagens para seu bem-estar. Em todas as fazes da História encontramos estandartes, bandeiras, homens, mulheres, livros, construções, animais e outras coisas que lembram força e coragem. Não podemos ignorar o poder da imagem que tem a mãe e o pai para os filhos. Tire o valor que tem essa imagem e prepare-se para a chuva de desgraças que cairá sobre a nação. A imagem da igreja credita em nossas mentes proteção. Todos sabemos desde o discipulado que a igreja somos nós, e é para isso que existe o prédio, para nos dar o sentimento de segurança divina que tanto buscamos. Mas essa imagem vem sendo desgastada não por atitudes de escândalo. A igreja sempre sobreviveu aos escândalos e vai continuar assim, pois ela foi projetada para esses impactos, mas os escandalosos não possuem esse preparo (Lc 17. 1, 2). A atitude que desgasta a imagem da igreja vem de seus lideres que muitas vezes são inexperientes e modernos demais. O desejo desenfreado de glamour de alguns membros também tem ajudado bastante nesse desgaste. A sensação principal dessa imagem é que ela tem poder para nos abençoar e emitir aprovação de Deus. Mas nos últimos anos essa imagem vem lentamente sendo desgastada pelos casamentos que são realizados fora de suas dependências, por aqueles que ela tão habilmente abriga sem contestar. Certas coisas não deveriam mudar e uma delas é o lugar onde se faz o casamento. Casamento deve ser feito na igreja, reafirmando assim o valor de suas paredes e história. Escandalizam-me casamentos à beira de piscinas, sítios, chácaras e casas de festa e show. É suportável a ideia dessas coisas entre os ímpios, que não conhecem Deus e a importância de suas instituições, mas entre crentes é difícil de tolerar. Quando a turma do "nada haver" souber desse comentário vão se armar até os dentes, mas eu preciso ser fiel ao que creio e não aconselho ninguém a se casar em terreiros e lugares maneiros. Nenhum sacramento deveria ser ministrado fora da igreja, senão em casos extremos. Porém hoje qualquer coisa é motivo para se banalizar a imagem da igreja, porém é o diabo que está por trás de tais atitudes; sempre!
Se as pessoas acreditam que a igreja não tem poder para lhes abençoar não deveriam então procura-la. Para isso existem os cartórios. Para oficializar a decisão dos incrédulos. Querer a benção da igreja sem a igreja é apenas cumprir convenção social. E ministro do Evangelho nenhum deveria se prestar a esse papel. Se uma igreja é pequena, que se procure uma maior pela cidade e além do mais hoje existe telões muito usados em shows que lotam igrejas. Se um casamento tem a dimensão de um espetáculo (e alguns eu sei que tem) eles são a saída mais adequada. Esse pequeno descaso tem um efeito devastador no psicológico das pessoas, que com o passar dos tempos deixam de valorizar essa imagem e progressivamente desistindo de respeitar o que ela sempre representou. É necessário que o pastor identifique qual é o sentimento que a pessoa tem pela igreja no momento que quer se casar. Alguns por causa da tradição que a família tem na igreja e por causa de tudo o que ela representa estão dispostos a celebrar o casamento até mesmo debaixo da água. Não quero dizer com isso que o pastor é um mercenário, quero dizer que muitas vezes ele considera mais a imagem da família dos noivos do que a imagem da família que Deus lhe confiou (Ef 2. 19). Quando desistimos de guardar a imagem da igreja desistimos de tudo aquilo que ela representa e vendemos essa ideia para nossos filhos. Em tempos de credulidade e avivamento é aceitável esse tipo de celebração fora das igrejas, mas, em dias maus como esses em que vivemos é necessário o empenho de todas as nossas forças para valorizar o papel da igreja. Não estou escrevendo sobre reafirmação de costumes e sim de valores. Precisamos não a preço de custo sustentar para bem de nossos filhos e sociedade o valor que tem a imagem da igreja. A igreja deve estar no centro de nossos relacionamentos, ela deve receber de nós todo o tipo de honra que pretendemos dar a Cristo. Isso está prefigurado no levantar da igreja no momento em que entra a noiva. Ela é o alvo de todos os olhares e cada fileira de bancos da igreja representa um século, um milênio. E vejam como ela é especial, sua presença faz-se sentida desde de sua entrada (no mundo) até chegada no altar (no céu). Então quando diante do altar ela chega, todos se sentam aliviados pelo percurso feito com tanta beleza e segurança.
Não quero dizer aqui que a causa de todos os males seja esse. Simplesmente o peguei para servir de símbolo de descaso, um entre tantos que existem. Gostaria que esse fosse o mal maior de nossa comunidade, que tudo que nos aflige se resumisse nisso.
Se o ritmo continuar temo que em breve seremos testemunhas de batismos em banheiras de hidromassagem de hotel. Batismos em piscinas em dia de churrasco, apresentação de crianças em aniversários infantis. Separação e ordenação de obreiros em churrascarias e casas de espetáculos. Não é de assustar que muitos maçons reverenciam a loja mais do que a igreja, lhe atribuindo até mais respeito. A igreja precisa estar integra no psicológico das pessoas, essa imagem não deve ser jamais envilecida. O retrato da última igreja pintado em Apocalipse nos diz que nos últimos dias a doutrina desaparecerá da igreja, pois todos saberão sobre tudo. Uma igreja que se auto regula (Ap 3. 17).
As pessoas normais geralmente vivem com um emprego, com um marido ou mulher, em uma casa, construindo uma família. E aos domingos juntas vão para a igreja prestar seu culto a Deus (não suportamos a ideia de uma família divida em várias igrejas). Nos parece seguro criar referenciais, como a avenida principal, o centro da cidade, a capital do país e os pontos cardeais. Por quê viveríamos bem com duas igrejas na mente. Ela só teria serventia para dias de chuva? De frio? Estamos desistindo de guardar essa imagem e a sociedade está desistindo de se comportar com decência e honestidade; respeitando o próximo como a si mesmo. Seria isso uma mera coincidência? Qual é o papel que a igreja desempenha em sua vida? Os europeus abriram mão de sua representação e estão vendo suas igrejas se tornarem em bares e lugares históricos. Assistem também a transformação negativa que isso vem causando. Para os mulçumanos a mesquita é sagrada, sua imagem é fundamental para a saúde de sua crença. Valor semelhante tem as sinagogas para os judeus. Mas a igreja deveria exceder a todas, pois sua idealização e origem é divina.
Maomé não disse que voltaria para buscar a mesquita, Moisés não disse que voltaria para buscar a sinagoga, porém Jesus vem buscar sua igreja, aleluia!!!!!!
Comentários
Postar um comentário