Filipenses. O Mesmo é Para Todos.


O MESMO É PARA TODOS!
 

"Completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude (...) Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!"
(Trechos de Filipenses 2. 2 ao 8 – NVI).
 

         O mesmo modo de pensar, o mesmo amor e a mesma atitude eram coisas que os Filipenses em número razoável só alcançavam se o assunto fosse o ministério do Apostolo Paulo. Não era fácil pregar o evangelho, ainda mais em meio à falta de recursos, a fome, a desistência de novos obreiros e a necessidade de trabalhar para a ninguém ser pesado, sobrecarregando assim a mensagem do evangelho. Vez ou outra os Filipenses aliviavam as cargas de Paulo enviando algumas ofertas generosas com cheiro de gratidão e progresso pessoal (4. 16). Apesar da alegria e alívio que as ofertas provocavam, Paulo sabia que nem sempre era assim entre eles também e isso era uma coisa que à Luz do Evangelho precisava de correção (At 1. 8). Existe um padrão para o investimento e os Filipenses apesar de sempre generosos não se encaixavam nesse padrão. O PADRÃO não é o REFERENCIAL como eles pensavam.
Ser humano é a base para qualquer investimento e para deixar isso bem evidente à realidade dos amados de Filipos, Paulo evoca a
figura humana mais sagrada do Cristianismo: JESUS! Num primeiro plano é ressaltada a humildade de Cristo, mas seria impossível para Paulo fazer isso sem evidenciar também a perigosa e deliciosa experiência que Deus teve de se fazer homem. Sabemos que ser humano é perigoso, um exercício difícil de aprender, colocar em prática e compartilhar. A quem quisesse ser achado em forma de homem sem precisar ser, deveríamos honrar e apreciar como grande modelo de altruísmo (2. 9, 10). Ser humano é ser sobre tudo passível de estar ao alcance dos critérios e julgamentos alheios (Lc 7. 39) e correr o risco de em virtude disso receber muito ou pouco, tudo ou nada ou algo entre esses dois extremos. Poder ser amado de forma desinteressada, mas, não casual ou ser amado por alguém movido de intenções nada salutares (Mt 26. 49). E há isso Cristo desejou se submeter, tendo Ele mesmo o querer demonstrar Seu amor por nós e ser Ele mesmo amado (Rm 5. 8).
           Alguns espécimes humanos jamais receberão amor o suficiente para terem as suas vidas transformadas e outros por serem tão amados terão seu caráter arruinados. Mas, ser humano é se habilitar a viver o amor mais puro e verdadeiro, que brota de pessoas como pais, avós, mestres, amigos e conquistados. Não devemos investir nas pessoas usando critérios de superioridade como os Filipenses. É seguro investir em pessoas que consideramos superiores a nós mesmos
, mas, segurança não é uma coisa usada para definir os investimentos de uma comunidade Cristã (At 9. 26). Pessoas como Paulo e eu estaríamos destinados ao inferno se não houvesse pessoas comprometidas com o padrão divino estabelecido (At 9. 27/10. 28). O que Paulo queria mesmo é que toda a riqueza produzida pelos Filipenses fosse distribuída primeiramente entre eles mesmos (I Tm 5. 8), provocando assim mudança na ordem social por Deus rejeitada (Lc 22. 24- 27). Não só Paulo, mas, qualquer pessoa pode fazer grandes coisas se tiver amor e se receber amor e isso é uma coisa que devemos aceitar com humildade se quisermos também mudar o mundo.

Ney Gomes – 24/12/08.
 

 


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