Especial - A Maravilhosa Raíz no Reino da Terra Seca.


A MARAVILHOSA RAÍZ NO REINO DA TERRA SECA.

“Jesus, porém, foi para o monte das Oliveiras. Ao amanhecer ele apareceu novamente no templo, onde todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-lo (...) Jesus ficou só, com a mulher em pé diante dele. Então Jesus pôs-se em pé e perguntou-lhe: “Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou?” “Ninguém, Senhor”, disse ela. Declarou Jesus: “Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado”.
                                   (Trechos de João 8. 1- 11 – NVI).



         Nunca existiu uma hora boa para colocar Jesus à prova, no entanto, os fariseus e mestres da lei conseguiam escolher a pior hora. Jesus nunca teve dúvidas sobre sua missão, mas, nunca isso lhe era tão pujante como nos momentos após seus retiros de oração. Eram-lhe sempre evidentes os motivos de sua humanidade; Ele sabia muito bem por que veio ao mundo e qual era Sua razão. Mas, quando Ele voltava desses seus retiros, tudo ficava mais evidente ainda: “Não havia um justo sequer e poucos sabiam o que significava misericórdia quero!”
        Se Suas palavras já eram cheias de autoridade sem igual, após seu devocional, com uma frase Ele destruía planos que o inferno levará anos para arquitetar e executar. Jesus solucionava longos problemas e processos rapidamente, mas, após voltar de Seus momentos com o Pai, o rápido dava lugar ao instantâneo. Do normal ao milagroso, da doença pra saúde e da vida pra morte e isso numa lógica temporal absurda, inefável.
        E após um desses momentos de oração lhe trouxeram uma mulher que cometerá um adultério. Queriam pegar-lhe em uma armadilha, mas, a falta de compreensão que tinham da lei de Moíses eram-lhes a pior armadilha de todas (Mt 22. 29). Jesus pensava nisso enquanto escrevia na areia algo que desejava lhes mostrar, mas desistiu! Não compreenderiam o que Ele escreveria, afinal, não compreenderam nem o que Moíses escreveu (Dt 23. 5). Além do mais, uma outra lei seria mais uma coisa para lhes fazer tropeçar (Rm 4. 15b). Então Jesus decidiu: iria escrever no coração deles. Para ser pra sempre, pra nunca mais deixar de lembrar. Levantou-se e quando terminou de falar seus corações ainda sentiam o calor das palavras sob a cinza de suas antigas motivações (Jr 17. 1). Voltaram para casa com as consciências mais pesadas que as pedras que desejavam arremessar. Quanto à mulher; encontrou as fortes emoções que queria viver e o homem perfeito que tanto procurava. Mas, não como desejava.
        Todos foram embora em pouco tempo; sumindo no comum das ruas agitadas. Jesus voltou para a escadaria do templo, onde a multidão, meio que confusa com tudo ainda estava. Ele se assenta novamente, tendo atrás de si o maior símbolo da crença judaica e sob os olhos fitos de todos, diz: Como Eu estava vos ensinando; a verdadeira religião de Deus é vida para todos os homens!


Ney Gomes – 28/12/08.
“Deus deixa depressa sua ira, mas nunca se arrepende do seu amor”. (Spurgeon)

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