ANTIOQUIA, meu sonho de igreja (03).
O comportamento de Silas diante de ANTIOQUIA deixa mais uma verdade bem evidente aos nossos olhos: ANTIOQUIA era um lugar para abastecer a alma. Hoje infelizmente existem pouquíssimos lugares assim; para onde possamos ir caso tenhamos fome. Um lugar que signifique algo mais para conhecer. Se nos esquecêssemos do básico, ANTIOQUIA era o lugar para nos fazer lembrar. O lugar para se passar algum tempo e recuperar as forças para qualquer nova empreitada. Era como um posto de gasolina. Você entrava, enchia o tanque, limpava os vidros dianteiros e traseiros e voltava novamente para "o caminho". Em ANTIOQUIA haviam pessoas que se mantinham sonhando e contagiando outros com seus sonhos. Basta você ler os textos que circundam a palavra ANTIOQUIA (da Síria) por toda Bíblia para saber sobre sua importância e seu papel no plano de abastecimento da máquina divina. Paulo e Barnabé iam por todo o lugar pregando o Reino de Deus, em seguida, voltavam para ANTIOQUIA onde se fortaleciam e saiam de novo para mais uma viagem. Era assim, pois em ANTIOQUIA havia mais soluções que problemas, perdão do que pecado, amor do que santidade.
Sonho com uma igreja para onde possa voltar depois de um dia exaustivo de trabalho. Um lugar que possa me lembrar por que trabalho tanto. Um lugar para jogar meu corpo cansado e relaxar. Escrever planos em guardanapos de papel, sem ter que para tudo fazer reuniões ministeriais intermináveis, onde o respeito e o café é o que mantém a todos acordados. ANTIOQUIA era o lugar para se colher sonhos, paixão, planos e conhecimento. Paulo não voltava a ANTIOQUIA para ensinar aos irmãos o que fazer, e sim, para não esquecer de como fazer. Aquela igreja era um campo de sonhos e visões. E a colheita era animadora. Profetas e Mestres sonhando com uma igreja edificada na liberdade com que Cristo nos libertou (13. 1/Gl 5. 1). Estar com eles e em meio a seus sonhos era quase que tocar na realidade divina. ANTIOQUIA era a igreja sem história, sem paredes, sem rótulo; uma igreja de amor. O melhor dela estava no coração, numa espiritualidade TIM (sem fronteiras). Estar ali era poder estar em qualquer lugar e com qualquer povo. Se não podiam ir, se mantinham aos menos sonhando, contribuindo, intercedendo em terno afeto de misericórdia.
E quando tudo o que ANTIOQUIA representava correu perigo, Paulo e Barnabé saíram em seu socorro. Todos eram bem vindos a ANTIOQUIA, se qualquer um tivesse algo de Deus a aprender e ensinar. As portas estavam sempre abertas, mas, o estilo de vida deles era irretocável, nada a declarar, nada a acrescentar. Por isso, quando alguns irmãos da Judeia tentaram introduzir alguns costumes que eles julgavam fundamentais a fé, a leoa mostrou seus dentes (At 15. 2). Ela protegeria o estilo de vida de seus filhotes a todo custo. ANTIOQUIA tinha uma comunhão perfeita e nem mesmo um anjo vindo do céu, poderia os fazer viver um outro EVANGELHO. A leoa síria protegia suas crias a todo custo, e bastava um estranho se aproximar para espiar a sua liberdade e ela mostrava Paulo e Barnabé; seus caninos sempre fortes e afiados (Gl 2. 11).
Lamento não haver hoje igrejas como ANTIOQUIA, cuja doutrina e comunhão sejam irretocáveis. Hoje a igreja (em 97%) mata a igreja e cada um vale o que tem e está disposto a pagar. No momento da minha conversão a igreja saía da "unção" dos dentes de ouro. Em seguida entrou na unção do "treme-treme", aí, veio à unção do "assopra e cai", depois, a unção da panderola, do paletó, bom dia Espírito Santo. Tempos depois a igreja redescobriu a profecia, e aí veio à unção profética para o louvor, para a palavra, para a oração e por fim a igreja voltou a ser — sem deixar de ter sido — profética. A leoa de hoje não tem mais caninos como tinha antes. ANTIOQUIA era um lugar quentinho!
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