CRENTES DEGENERÁVEIS, MILAGRES DESCARTÁVEIS.

CRENTES DEGENERÁVEIS, MILAGRES DESCARTÁVEIS.

(Aos meus primeiros mestres com carinho).

 

"Então, afirmou-lhe Pedro: "Não possuo prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em o Nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ergue-te e anda!". (...) Quando todo o povo o viu andando e adorando a Deus (...) e ficaram plenos de temor e perplexidade com o que lhe acontecera. (...) Apegando-se o mendigo a Pedro e João, todo o povo correu maravilhado para junto deles, num lugar chamado Pórtico de Salomão".

(Trechos de Atos 3. 1- 11 – B. King James)

 

            Indescritível. Aquelas sensações! Nunca o ouro e a prata lhe proporcionaram algo semelhante. Era aquilo maravilhoso demais, mais do que todo o dinheiro acumulado com astúcia.

            Com medo de perder o que estava sentindo, ele se agarra aos Apóstolos. Associando rapidamente o que sofreu a virtude que existia sobre Pedro e João. Talvez pensasse ele que se os deixasse ir, a paraplegia retornaria a suas pernas. Nunca, nada, lhe trouxe tamanho benefício. Difícil de esquecer, de deixar para trás. Aquilo não era como as moedas sem rosto que ele guardava junto a si, desta vez, o valor do que recebera tinha nome e virtude comprovada (v.6).     

Os próprios Apóstolos não faziam o tipo 'descartáveis'. Bastava um gesto, algumas palavras, uma oração e qualquer um se apaixonava por aquele inovador e inquietante estilo de vida (At 2. 46, 47).

            Ele canta uma música, faz uma oração, prega uma palavra. E dias depois, você não se lembra de mais nada. Essa é a maior tragédia do Cristianismo: 'Igreja feita por pessoas comuns!'

            O que Pedro e João demonstravam ter faziam os olhos de todos saltarem de curiosidade (v.11). Uma coisa sentida pelo coração e fora do alcance visual, e isso era para todos um assombro (v.10).

            A legitima vida Cristã é feita do pecado que abandonamos e de pessoas que não queremos deixar (Jo 4. 40/At 10. 48b/Col 4. 10- 14).

Ney Gomes – 01/11/2009.

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