[2. 1- 5] NÃO APENAS DE PALAVRAS (2010).
19/08/2010.
COLOSSENSES. NÃO APENAS DE PALAVRAS.
"Quero que vocês saibam quanto estou lutando por vocês, pelos que estão em Laodiceia e por todos os que ainda não me conhecem pessoalmente. (...) Porque, embora esteja fisicamente longe de vocês, em espírito estou presente, e me alegro em ver como estão vivendo em ordem e como está firme a fé que vocês têm em Cristo".
(Cl 2. 1 e 5 NVI).
Agora passados sete anos desde que escrevi pela primeira vez sobre a carta de Colossenses, vejo com clareza, coisas que só mesmo a maturidade nos possibilita ver. Paulo está escrevendo para pessoas que nunca conheceu pessoalmente. E sabe que é muito difícil alcançar corações sem se mostrar presente. É possível perceber sem lamento sincero nas primeiras palavras do capitulo dois. Para Paulo a única maneira de formar Cristo nas pessoas é pessoalmente. E no desejo de compensar os colossenses por não ter tal privilégio, Paulo revela a eles o fervor de sua vida de oração (v. 1). Para ele, era difícil falar de Cristo na terceira pessoa. Em seu ministério, Cristo era revelado em sua vida, ações e às vezes por palavras (I Co 4. 16). Ele costumava ir aos lugares, mas com os colossenses isso ainda não havia sido possível.
Restou-lhe então escrever uma carta mais forte que de costume, com novidades de palavras e conceitos. Tentar expressar nela, o que em outros lugares era visto em seu coração. Nessa carta surge uma série de palavras que em nenhuma outra epístola é encontrada (62 termos). E esse é o seu modo de compensar o fato deles jamais terem visto o seu rosto. Falar de Cristo é fácil, e hoje, por conta dos meios de comunicação, mais ainda! Mas, formar Cristo nas pessoas é mais difícil, por que requer estar presente, mostrar os dentes. Por conta disso há entre nós muitos fracos e doentes e não poucos os que dormem. Por que programas de rádio e televisão cansam, dão sono e nos fazem herdar uma vida sedentária. O coração fala melhor que mil palavras, e em todos os idiomas. É ele que não deixa dúvidas em nossa mensagem e que sustenta nossa coerência. Não dá para falar com propriedade sobre coração e ao coração, sem estar presente. Por isso, Paulo apela para os relatórios de Epafras, que era conhecido, amado e amável com a igreja (1. 8).
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