[3. 13] IGREJA TELESCÓPICA (2010).

31/10/2010.

COLOSSENSES. IGREJA TELESCÓPICA.

"Zelai uns pelos outros e perdoai-vos mutuamente; caso alguém tenha algum protesto contra o outro, assim como o Senhor vos perdoou, assim também procedei". (Cl 3. 13 – KJA).

 

Naquela noite, o radialista falava de um caso de absoluta estranheza. Uma mulher que diante da total apatia do marido, resolveu lhe imitar as atitudes. Depois de um terrível acidente, ele parecia ter perdido o amor a vida. Fato esse, que refletiu diretamente em seus hábitos de higiene pessoal. E ela, para não ser indiferente ao marido, passou a se "descuidar". Na época, onde o radialista enxergou uma anomalia, eu enxerguei um amor verdadeiro. E esse é o título do poema que está em meu BLOG e que conta essa história. Eu descobri naquela noite que amar ao próximo, nada mais é, do que querer estar próximo. Quem ama, busca estar perto, por perto, atento, disponível. E se essa pessoa, por causa do amor, entender que deve tomar uma atitude atípica, ela o fará (que o diga Onésimo!).
Ora, se compreendemos a luz das Sagradas Escrituras que o amor é isso, logo entendemos por que perdoar é tão importante. Perdoar é importante, por se traduzir no mais eficiente instrumento de aproximação. Perdoar é fazer uma leitura exata das atitudes que nos ferem (por que prestamos a Deus, um culto racional). Quando Jesus estava na Cruz, Ele fez essa leitura, e expressou dela a verdade de nosso
analfabetismo espiritual ao dizer: "Pai, perdoa-lhes, por que não sabem o que fazem!" (Lc 23. 34). A leitura
possibilita saber exatamente qual a força que vamos empregar no perdão.
           

O pecado nos tirou essa capacidade de julgar perfeitamente a extensão de nossos erros. Mas, não alterou a faculdade de sentir o quanto dói à ferida que outros nos causam. Perdoar é decidir deixar que isso não seja importante. É o perdão que renova a motivação de querer estar junto, de ir á igreja, de fazer amigos, de apostar no novo. Perdoamos por que amamos, e sabemos que fomos perdoados por amor, pelo desejo de Deus de estar próximo de nós; de nossas vidas. No meu parecer, se fazer homem, foi o mesmo que parar de tomar banho e de escovar os dentes daquela mulher. O perdão guarda a comunhão dessas esquisitices a que nos sujeitamos vez ou outra. E é pelo perdão que "amar ao próximo" se torna num querer muito verdadeiro em nós.
 
Ney Gomes.
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
 
 
 
 
 

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