[4. 10a] COLOSSENSES. IGREJA DO INTERIOR (2010).
13/09/2010.
COLOSSENSES. IGREJA DO INTERIOR.
"Saúda-vos Aristarco, meu companheiro de prisão". (Cl 4. 10ª KJA)
Qualquer pessoa pode viver de qualquer maneira, estando com seus valores onde estiver. E por causa dessa desordem, percebida a muito, pelo escritor de Eclesiastes, alguns vão até viver bem [9. 11]. Mas, na carreira Cristã, isso não acontece assim. Os valores precisam estar em seus devidos lugares para que então, produzam o efeito desejado. E existem coisas que precisam ser externadas e outras precisam estar interiorizadas. E nesse último caso, falo da honestidade. Paulo em todas as suas cartas demonstra possuir essa "intraqualidade". Aos Filipenses confessa não ter alcançado, aos Romanos confessa ser devedor, aos Colossenses confessa estar algemado e ao amigo Filemom confessa estar velho. E em muitas outras cartas, confessa precisar também das pessoas [II Tm 4. 11]. Paulo é honesto e, sobretudo, consigo mesmo. Qualidade essa que a meu ver, cada vez mais desaparece de nosso meio.
Grande parte dos acontecimentos que mais significam para a Cristandade acontece dentro da gente. De modo, que se em nosso interior nada acontece, o Reino de Deus fica sem significado. E como isso é verdade nesses dias de hoje. Em COLOSSENSES, o Apóstolo deixa um rastro longo, para a esperança daqueles que o querem seguir, e ele espera que o sigam [1. 28, 29]. Já era sua preocupação naquele tempo, o fato de alguns acreditarem que o Reino podia ser construído com coisas do tipo "faça você mesmo": Não toque, não prove, não manuseie! [2. 16- 23]. O Reino é construído com virtudes viscerais. Por pessoas que insistem em fazer o que é certo e abandonar o que é errado [3. 5- 11]. Ele é construído como você bem sabe de casa em casa, de coração para coração, com afeto e afetivamente [3. 14]. Sem políticas públicas ou privadas, sem templos luxuosos e canais de televisão. Vejo com grande paixão essa qualidade de Paulo em ser intra-honesto, intraverdadeiro, intrapuro. Quando ele dizia uma coisa, vinha do seu interior; era de verdade, e era permanente.
Por inúmeros fatores é certo afirmar que o Cristianismo está nesses dias, superficial demais. A vida interior era tão valorizada, que durante anos o símbolo da igreja (pós-pentecostes) foi uma âncora (Hb 6. 19). O Rev. A. R. Buckland, em seu Dicionário Bíblico Universal (Ed. Vida), pag. 28, diz o seguinte: "A âncora foi um dos mais antigos símbolos usados na igreja Cristã, e acha-se em anéis e monumentos". Hoje, é quase que geral, os letreiros trazerem uma ave, uma pomba ou um passarinho. Talvez essa mudança de símbolo nos dê a razão de tantas desventuras. Uma coisa é verdade, se caso Paulo estivesse entre nós, já tinha ele colocado as tripas pra fora!
Ney Gomes.
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
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