C. de Eliseu - A Visão Política de Eliseu [2011].
Comentário
Extra 2011.
A VISÃO POLÍTICA DE ELISEU
(2011).
“Os discípulos dos profetas disseram a Eliseu:
“Como vês, o lugar onde nos reunimos contigo é pequeno demais para nós. Vamos ao
rio Jordão onde cada um de nós poderá cortar um tronco para construirmos ali um
lugar de reuniões”. Eliseu disse: “Podem ir”. Então um deles perguntou: “Não
gostarias de ir com os teus servos?” “Sim”, ele respondeu. E foi com eles”.
(II Reis 6. 1- 4 –
NVI).
É bem conhecida a aplicação dos primeiros
versículos de II Reis 6. Em 14 anos, pelo menos, umas 6 vezes, ouvi do
trabalhador que perdeu o “ferro do machado”. Por conta disso, por ter a mente
já programada para pensar assim, confesso que em 2005, não consegui escrever
nada sobre isso. Qualquer ministro do altar que tenha sido discipulado conhece
a história do obreiro que tem o cabo, mas, perdeu o ferro do machado. Confesso
que minha mente condicionou a pensar essa passagem assim, de modo que, não
daria para escrever nada fora desse sentido.
Mas, as coisas que passarei a escrever agora, se
harmonizam com todo o profeta que Eliseu nos demonstra ser. Certamente Deus é socialista, senão é, com certeza
ama os trabalhadores. Seu sentimento podia ser visto nas atitudes de Eliseu, em
seu desejo de estar com quem trabalha e produz (II Ts 3. 11, 12).
Perguntado se gostaria de estar com os trabalhadores, prontamente respondeu: “Sim”. Não há conteúdo suficiente nessa passagem para
afirmar algo sobre as predileções de Eliseu, mas é certo afirmar que o profeta
se sente bem, longe das futilidades e adulações dos palácios. Sobre isso, o Dr. Lawrence Richards diz: “Deus não se preocupa somente com os reis. Está
preocupado também com as necessidades diárias de cada pessoa”. (pág. 310 – Comentário Bíblico do Professor
– Ed. Vida).
Se há profetas (nesse sentido) entre nós hoje, são
eles comilões, beberrões e voadores. Esse é o fruto da teologia da
prosperidade: Ministros a serviço de uma classe
opressora. Rica, cheia de vontades e urgências falsas. Dispostos a pagar caro,
por uma mensagem de conforto sem confronto. Para eles, não basta fazer o ferro
flutuar, é preciso fazer secar o Jordão que os
atrapalha. Se essa passagem se reproduzisse hoje, haveria mais
solidariedade ao dono do machado, do que ao trabalhador que o tomou emprestado
(Sm 13. 19, 20). Se fosse hoje! O profeta (capataz) estaria ali mais
para vigiar a produção do que para ajudar o produtor. No tempo em que os
profetas serviam aos interesses de Deus, suas mensagens traziam esperança e
coragem ao povo. E algumas delas ecoam até hoje: “Forjem
os seus arados, fazendo deles espadas; e de suas foices façam lanças. Diga o
fraco: “Sou um guerreiro!” (Jl 3. 10).
Mas hoje, o que ouvimos? Ouvimos uma mensagem
pacifista diabólica. Arautos da inércia, Anunciadores da omissão. Profetas
malditos, que ensinam o povo a seguir falsos sinais (Jr 8. 11). Anunciando que
a prosperidade não pode vir do diabo. Que se é bonito, tem cheiro bom e faz
bem, certamente é de Deus. Raça de Víboras Medonhas! O que lhes aguarda é tão
feio como tudo aquilo que eles querem ocultar. Hoje, se eles se encontram perto
dos trabalhadores, é para se certificar que o ferro do machado não será mais
achado nas águas barrentas do rio.
No 2º trimestre de 2010, o pastor e comentarista
da revista “Jeremias. Esperança em tempos de Crise”, Claudionor de Andrade diz
em sua 12ª lição que o profeta, optou pelo povo de Deus, renunciando as
benesses da Babilônia (Jr 40. 1- 6). Atitude semelhante o revela: Teve José,
Moisés, Ester e Jesus (Lições Bíblicas - Mestre, CPAD. Pág. 84).
Ora, em dias de crise
moral, qual outra atitude poderia tomar alguém que diz estar a
serviço de Deus? É certo dizer, que Eliseu também é uma parte dessa resposta.
Ney Gomes.
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
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