C. de Eliseu - Depois da Queda de Baal.



Comentário 11.

DEPOIS DA QUEDA DE BAAL.

 

"Jorão, filho de Acabe, tornou-se rei de Israel em Samaria no décimo oitavo ano de Josafá, rei de Judá, e reinou doze anos. Fez o que o SENHOR reprova, mas não como seu pai e sua mãe, pois derrubou a coluna sagrada de Baal, que seu pai havia feito".

(2 Reis 3. 1, 2 – grifo meu)

 

            Quando Elias terminou seu ministério não sobrou muita coisa para se apontar como ídolo. Ele se dedicou integralmente a combater a idolatria reinante e vigente de sua época, e o fez muito bem. Pelo menos é essa a impressão que temos ao ler o relato de seu embate com os profetas de Baal (1 Rs 18. 21-40). Elias foi puramente coragem em seu ministério, enfrentou a si mesmo, seus temores, ao povo e aos governantes de Israel. Sua vida se tornou numa definição de ministério profético para outras gerações (Ml 4. 5).


            Quando Eliseu assumiu a liderança profética de Israel, encontrou um Deus sem Seu povo e um povo sem Deus. Pelas ruas, viu as pessoas ainda sob o efeito do ministério de Elias no monte Carmelo. Com exceção de alguns, a grande maioria não sabia a quem recorrer uma vez que Baal estava ferido mortalmente. Depois desses fatos, que acontecerem em Israel às vistas de todos, Eliseu deu início ao seu ministério, que teve por pior inimigo a ignorância (falta de instrução, falta de saber). O povo não sabia nada de Deus e aqueles que sabiam, já haviam se esquecido de muita coisa. Então Eliseu aparece para ensinar com a própria vida (2 Rs 6. 21, 23) o principal sobre Deus: – Compaixão –.

 

            Nem sempre existem pombos voando sobre nós para indicar às pessoas que o Espírito de Deus está em nós (Mc 1. 10). Na maioria das vezes as pessoas descobrem isso pelas nossas atitudes, e foi isso que Eliseu fez. Aproximou-se ao máximo das pessoas, para que em sua miséria, elas vissem Deus nele (Mt 9. 11, 12/At 3. 4/Col 1. 27). Alias, o pastor Rick Warren diz: "A proximidade determina o impacto. Creio que a razão de alguns pastores (que no Brasil é maioria) ficarem distantes do povo é porque, de perto, eles não impressionam nem um pouco". (pág. 213 – Uma Igreja Com Propósitos – Ed. Vida). Elias andou em cavernas, montes e escondido, mas Eliseu andou no meio do povo, ajudando os órfãos e as viúvas, tocando nos excluídos e marcando a vida espiritual de Israel em todas as suas faixas etárias (2 Rs 5. 2, 3/Tg 1. 27). Eliseu viveu na integra a palavra que Jesus usou para definir a seriedade de sua missão: "quem vier a mim eu jamais rejeitarei. (...) Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem" (Jo 6. 37/10. 9).




Ao se encontrarem com Eliseu as pessoas saiam cheias de esperança, certeza, confiança e de Deus (Jo 6. 32, 35). Os profetas de nossa geração são despenseiros de Deus, que devem procuram alimentar os que têm fome e sede de justiça (1 Cor 4. 1/14. 3 - NVI). Assim como Jesus, Eliseu foi um homem que Deus levantou para dizer como numa grande placa, que as coisas poderiam mudar (Hc 2. 2). Extravagante, exótico, diferente, santo. Não importa muito o sinônimo. O importante mesmo é que os profetas de nosso tempo tenham uma vida com Deus evidente, até mesmo para aqueles que correm em seu dia-a-dia. Pois o mais importante em nossa dispensação não é o que se tem a dizer (digo letra), mas O revelar em si (2 Cor 3. 18/Rm 8. 29).

 

"Esperança significa não ser afetado pelo que se pode ver, sentir e ouvir".

 

"Mas Deus me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça. Quando lhe agradou revelar o seu Filho em mim para que eu o anunciasse entre os gentios".

 (Gl 1. 15, 16).

 

Ney Gomes.
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10

 

 

 

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