C. de Eliseu - Vida Mais Que Abundante [final].





Comentário Final, 18.
VIDA MAIS QUE ABUNDANTE.

Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça. – João 1. 16


“Então Eliseu morreu e foi sepultado. Ora, tropas moabitas costumavam entrar no país a cada primavera. Certa vez, enquanto alguns israelitas sepultavam um homem, viram de repente umas dessas tropas; então jogaram o corpo do homem no túmulo de Eliseu e fugiram. Assim que o cadáver encostou nos ossos de Eliseu, o homem voltou à vida e se levantou.
(2 Reis 13. 20, 21).


Existem muitas definições sobre o propósito da Bíblia, e eu também tenho a minha:
A Bíblia foi escrita para revelar aos homens a vida que Deus é capaz de lhes oferecer mediante a fé e a obediência.

Eliseu é o maior expoente desse tipo de pessoa que vive essa vida (viver com Deus não é viver TUDO de Deus). Precisaríamos de muitas vidas, o que não é possível, para desfrutar de toda essa vida de “Deus”. Eliseu não viveu a plenitude dessa vida de Deus, mas viveu na plenitude da vida de Deus (Hb 11. 39, 40). Essa vida que emana; que fluí de Deus. Reage à fé e a obediência produzindo um bem estar espiritual que transcende sua própria natureza, se derramando sobre a normalidade de nossa maneira de viver (Gn 6. 13-18). Isso faz o homem viver bem, ser um bom pai, marido, empregado, patrão, líder e amigo. Eliseu é o exemplo disso tudo. Deus como A forma de vida mais inteligente que existe no universo, não criaria algo que precisasse viver duas ou mais vidas pra poder ser feliz. E para tornar essa afirmação mais grave, nos lembramos que o homem é a imagem e semelhança de Deus. Essa vida de Deus é da mesma natureza daquela que Ele usou para criar um mundo sem deficiências (Gn 1. 31). E ela é à base desse relacionamento que Ele agora restabeleceu em Cristo com os homens (Col 2. 9, 10). Uma vida de qualidade eterna, que se manifesta numa viva e rica esperança para todos aqueles que a abraçam com inteireza (Col 1. 27/Efé 1. 23/3. 19). E essa vida não é matéria prima de carros, casas e conforto, essa vida é espiritual. Eliseu morreu como morre todos os homens, vítima da doença do pecado adâmico (1 Rs 2. 2/Rm 6. 23), mas não viveu como vive todos os homens e isso foi resultado dessa vida que ele entendeu e aceitou (Gl 2. 20).



A vida de Deus é uma dádiva que aceitamos ou rejeitamos, mas nunca podemos dizer que é nossa, como propriedade. Até onde se estende essa vida nós não sabemos, mas também não é para saber, e sim para viver enquanto hoje (1 Cor 15. 19). Quantas pessoas não se sentem como um israelita que não sabe por quê saiu do Egito, que não sabe quem abriu o mar vermelho, rodando no deserto, seguindo a multidão. Ouvindo falar de Moisés, sem porém conhecê-lo (Nm 11. 4, 6/Hb 4. 2). Torcendo para que suas últimas energias não os abandonem entre o nenhum lugar e o lugar nenhum (Jo 10. 10). Para pessoas como Eliseu a vida em nada se parece com esse quadro babélico.

A história do profeta Eliseu termina nos deixando bem claro que se ele vivesse mais uma vida, teria ainda vida de Deus para viver (v. 21): “Assim que o cadáver encostou nos ossos de Eliseu, o homem voltou à vida e se levantou”.

E se nos mantivermos até o fim em Cristo, vamos nos certificar dessa verdade em nossa própria vida. O cantor americano já falecido Frank Sinatra certa vez disse: “Só se vive uma vez. E, da maneira como vivo, uma vez basta”.
Mas, bem que essa frase poderia representar a vida de Eliseu (Col 3. 3, 4/2 Tm 4. 6, 8).

Ney Gomes – 3º Trimestre de 2005.

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