A Conversão de Paulo em Pedro. (At 9 - Romanceado)
A CONVERSÃO DE PAULO EM PEDRO! (At 9 – Romanceado).
Depois que todos
saíram, ainda segurando as vestes de Estevão, Saulo deu mais uns passos e se
colocou entre as pedras espalhadas e manchadas de sangue. Abaixando-se pegou
uma, enquanto uma ideia se formava em seu coração, inspirada por tantas
espalhadas. Perseguir, “espalhar” e fazer sangrar àqueles que seguiam esse
“novo caminho”.
Um zelo voraz tomava
a sua alma e escondia sua humanidade numa sombra negra. Se a lei de Moisés tinha
uma arma, ele naquele instante se sentia a própria. Então, levantando-se, ainda
com uma das pedras na mão, saiu dali para fazer seus pensamentos acontecerem. “Daquele dia em
diante, estabeleceu-se grande perseguição contra a Igreja em Jerusalém. Todos
aqueles que ainda conservavam amor à sua vida – exceto os Apóstolos – fugiram
dali, para as regiões da Judeia e Samaria”.
Mas, assim que foi se
retirando daquele “campo de pedras”, um Outro homem ia chegando, e com as mãos
feridas tomou para si algumas pedras. E o sangue que continha em algumas delas
parecia então se misturar com o sangue de sua própria ferida. “Há tempo para todas
as coisas debaixo do sol”. Saulo
estava vivendo seu tempo de espalhar pedras1;
grandes e pequenas. Sem olhar para trás e já há certa distância, Saulo não
percebia mais O homem que dali se aproximara.
O homem se sentia tão
próximo das pedras e de tudo, que lhe era possível ouvir a respiração ofegante
de Saulo. Ele respirava ameaças contra àquilo que desconhecia; que não
aceitava. Ali, no mesmo lugar onde estivera Saulo, lembrou Ele de Pedro e da
tantas outras pedras de igual valor2,
que ao invés de espalhadas deveriam ser guardadas; reunidas; depositadas num “vaso” precioso. Ele se lembrou da
sentença que confiou a Pedro3: “Sobre essa pedra
edificarei a minha igreja”. E decidiu
então: “Era tempo de juntar pedras”.
Para fazer isso, ele
escolheu o homem que sabia bem como espalhá-las. Então, algum tempo depois,
Saulo cai do cavalo, como um que é acertado na cabeça por uma “pedra”. Perguntou
quem lhe acertou e a Pedra respondeu: “Sou Jesus, a quem tu persegues”. Os homens que com ele estavam ouviam a voz, mas a
ninguém viam. Nada entendiam sobre pedras e como lhes espalhar. Ora, no caminho
para Damasco Saulo tinha uma pedra; tinha uma Pedra no caminho de Saulo para
Damasco. “A Pedra que os construtores rejeitaram; a
Pedra angular, sobre a qual a igreja foi e permanece edificada2”.
Dentro da cidade de
Damasco outras pedras conversavam não muito longe de onde Saulo se encontrava,
agora cego: “Senhor,
temos ouvido desse homem. Quantos males têm causado aos teus santos em
Jerusalém. Mas a Pedra que sempre os seguia7 lhe respondeu: Vai, pois ele é para mim um vaso escolhido”.
Ananias foi e executou a vontade de Deus. Ao recuperar a visão, Saulo recebeu
de Deus uma determinação de pedra4.
Resistiu, confrontou, permaneceu, avançou e edificou. Naquele dia, fora dos
muros de Jerusalém, no mesmo campo de pedras, dois homens; dois pensamentos
distintos; duas ações diferentes e no final, um só propósito prevaleceu. No fim
de tudo, uma última pedra guardada5.
Um alvo ainda não alcançado6, mas,
que já se podia contemplar. Para Timóteo confessou e não negou: “Combati o bom
combate, terminei a carreira e guardei a pedra”. Pretendia ele devolvê-la ao que lhe jogou; Cristo. A
pedra (amor) que naquele dia, Jesus usou para quebrar a casca grossa de
incredulidade que envolvia seu entendimento.
O que podemos
concluir então: “Com
duas pedras, Deus transformou o mundo!”
Ney Gomes.
"Se trabalhamos e lutamos é
porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
“Memórias de um Pardal, em 2014”.
Referências Bíblicas:
(Ec 3. 5) 2- (I Pe 2. 5 e 7) 3- (Mt 16.
18) 4- (At 20. 24) 5- (II Tm 4. 7) 6- (Fl 3. 14) 7- (I Co 10. 4)
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