Estudo - Amargura! Você Precisa Saber...
AMARGURA. VOCÊ PRECISA SABER!
“A lei do SENHOR é perfeita, e revigora todo o
ser”. (Sl 19. 7ª – KJA)
“... As suas
misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a sua
fidelidade!” (Lm 3. 22, 23 – NVI)
Amargura é um sinal claro de
que CERTAS ENGRENAGENS da vida
Cristã não estão recebendo o cuidado devido. Para Timóteo Paulo diz: “Tem
cuidado de ti mesmo e do teu ensino” (I Tm 4. 16). Que não está
recebendo ‘plenamente’ os benefícios da graça de Deus (II Co 6. 1).
A
"amargura" é gerada na repetição de sentimentos e emoções
que não conseguem ser evitadas. Um coração sem "crença/disciplina" é
um coração vitimado pelos giros das
emoções. Se as "emoções" governam a sua alma, isso significa que sentimentos tem um
lugar para se repetir “constantemente” em sua vida (Mt 18. 21, 22).
Mas, se a Palavra governa em seu espírito,
sentimentos são somente decorações de histórias. 'Emoções' programam a alma para repetições (Mt 18. 30) e expulsam
pra longe o novo que deseja se aproximar carregado de vida (Is 43. 18, 19/Fl 3.
13). Quem corre atrás de emoções é
prisioneiro de coisas que não se renovam (Mt 6. 12/Rm 12. 2/II Co 5. 17/Sl
19. 7/Sl 103. 3- 5/Lm 3. 23).
Amargura é um estado ‘passivo em extremo da alma’. A alma necessita RESPONDER aos estímulos
ao qual é submetida (Pv 14. 10). Na
Cruz, Jesus respondeu: “Pai,
perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lc 23. 34).
Aqui estão algumas origens de AMARGURA: Rejeição, falta de amor, injustiça,
assédio, abuso físico, verbal, sexual ou emocional, traição, descuido,
desconfianças, descaso.
Amargura é o resultado de uma alma que não toma providências acerca de seu lixo emocional (Gn
41. 51/Jr 48. 11, 12). Uma falta de inteligência da alma para saber reciclar
lembranças, emoções e sensações. A amargura provoca sentimentalismo exagerado e
supersensibilidade emocional. Paulo diz
aos Coríntios: “De fato, nem eu julgo a mim mesmo. Embora
em nada minha consciência me acuse, nem por isso justifico a mim mesmo; o
Senhor é quem me julga...” (I Co 4. 3, 4).
Amargura, segundo ‘FRANCIS
FRANGIPANE’ é uma vingança não levada a efeito (Ed. Vida - Pág. 92, ‘Os 3 Campos de
Batalha’). O desejo frustrado de executar uma retaliação à ação
sofrida. Sua energia negativa uma vez não disparada se volta para dentro de
nosso interior. Amargura é um sentimento relacionado ao fato de que muitas
vezes somos vítimas de nós mesmos! Amargura é (em muitos casos) um ódio oculto,
planejado e não realizado.
Amargura
revela um vazio onde “JÁ” deveria haver coisas construídas. Chamamos isso de
‘maturidade’. Processo onde o ser humano aprende a lhe dar com suas emoções e
os desfechos da mesma! O mal esfria o amor de fora para dentro; a amargura de
dentro para a fora. Logo, percebe-se: existe comunicação entre o mal e a
amargura (Mt 24. 12, 13).
"A sabedoria
vale mais do que armas de guerra, mas uma decisão errada pode estragar os
melhores planos." Eclesiastes 9.18
PALAVRA
CHAVE PARA SE LIBERTAR DA AMARGURA: “DECISÃO”.
Decida esquecer, decida
perdoar (Ef 4.31- 32/ Mt 18. 22), decida deixar pra trás. Decida compreender
que todos são vitimados por alguma coisa, opressores e oprimidos. Decida ser
consciente, enfrentar, confessar, deixar na cruz de Cristo. Decida procurar
ajuda se assim for necessário (Tg 5. 16). Decida pôr fim e não cria grandes
expectativas. Pois essa decisão terá grandes efeitos somente em você e na sua
alma. Não espere muito das pessoas ou vai adoecer novamente de amargura.
AMARGURA.
TIPOLOGIA NO AT.
Caim – contra Deus, por
causa de Abel (Gn 4.5- 8), Noemi -
Amargurada por sentir-se sozinha; culpava Deus (Rt 1.20), Ana – Amargurada pela afronta sofrida por Penina, sua rival (1 Sm
1.10), Isaque e Rebeca – Por causa
dos maus casamentos de seu filho Esaú (Gn 26.35).
AMARGURA.
TIPOLOGIA NO NT.
No NT
existem alguns quadros de “AMARGURA”. Não evidenciadas pela palavra chave,
mas, em seus efeitos. Encontramo-la em suas duas formas: ATIVA (AA), PASSIVA
(AP). Na forma ativa/dominante, ela
sempre assume a primeira fala e está sempre pronta a se
tornar atitude negativa que “se torna dano” a origem de sua
amargura. Na forma passiva, observamo-la assumindo o controle do
‘corportamento’. Ela passa a exercer
controle sobre o “convívio social”; a agenda, as trajetórias, as rotas, os
caminhos, todas passam a serem
controladas pela amargura.
TIPOLOGIAS
DE AMARGURA.
O Paralítico de Betesda (AA) – Diante da
pergunta sua resposta é a amargura (fala dominante) de não ter ninguém
por ele (Jo 5. 7). Mas perceba! Não é essa a pergunta de Cristo.
Herodias (AP) – Ela detém uma
amargura por João Batista sempre evidenciar seu pecado com Herodes (Mt 14. 3-
8). Herodias encontra na filha a oportunidade de dar à luz a sua amargura (vingança).
A Mulher Samaritana (AP) – Ela evita os
horários mais sociais, de maior convívio, por conta dos comentários sobre sua ‘conturbada’ vida particular (Jo 4.
18).
O Irmão Mais Velho (AA) – Causado pelo
‘recebimento’ caloroso do pai ao filho “mais novo” (v. 28). Pelo amor que o pai
oferece ao irmão sem juízo (Lc 15.
30). Sua amargura torna-se IRA quando seu pai lhe recebe de forma festiva (Ef
4. 26 – Sua ira fez casa na amargura).
O Pai do Menino Possesso (AP) – A amargura
lhe promoveu um crescente estado de
descrença (v. 22). Sua amargura é lançada sobre Jesus, frente à tentativa
sem sucesso dos discípulos (Observe que
ele já está passando de AP para AA. - Mc 9. 23, 24).
Simão, o Mago (AP) – Ele fica
amargurado por suas ‘artes mágicas’ serem
superadas pelo poder do Evangelho na pessoa de Filipe, Pedro e João (At 8.
23). Líderes quando se sentem superados, senão tratados, ficam amargurados e
nocivos. Isso é muito comum hoje!
Diótrefes (AA) – Amargura
causada por um sentimento de
inferioridade (3 Jo vs. 9, 10). Por João ser uma autoridade ímpar
da igreja, “Apóstolo” de Cristo, testemunha de Sua ‘aparição’. Pela sua
primazia sobre qualquer comunidade (Ap 1. 19).
Alexandre, o Latoeiro (AA) – O Evangelho
de Paulo em Éfeso diminuiu seus lucros com a venda de ‘santinhos de Diana’. Ele
guardou amargura e testemunhou contra
Paulo em Roma (II Tm 4. 14), e estava sempre disposto a prejudicar o
“EVANGELHO” em qualquer pessoa (v. 15).
Pedro, Apóstolo (AA) – Ainda que
momentaneamente Simão enfrentou um gravíssimo quadro de amargura. No entanto,
suas lágrimas “descarregaram” a pressão emocional e rapidamente fez aquela
emoção se tornar passado seguro.
CONCLUSÃO.
Em
um olhar mais atento é possível encontrar até mais alguns exemplos no NT. Na
verdade, o olhar atento deve estar sobre
nosso coração. Pois a AMARGURA pode encontrar abrigo facilmente em nós, se
não nos colocarmos sobre um cuidadoso exame sempre (I Co 11. 28). É preciso
entender que coisas como a AMARGURA, jamais cancelarão o “poder fazer”. Mas, de
certo, esse “poder fazer” não mais se tornará um “poder ser”. Se eu estiver sob
o efeito de sentimentos ‘danosos’, ainda assim, poderei adorar a Deus. No entanto,
Deus não aceitará e se deixará adorar
por mim, e João explica bem isso:
“... Pois quem não ama seu irmão, a quem
vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”. (I Jo 4. 20).
“Não pode amar a Deus”, significa que nessas condições de amargura e
ódio, Ele não se deixa amar e ser adorado. Acreditar que é possível adorar a
Deus em condições de amargura é lançar novamente o fundamento de obras inúteis;
mortas (Hb 6. 1).
Vigiemos
nosso coração!
Por Ney Gomes – 21/05/14.
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