Igreja - Evangelho Bijuteria (Luc. 17)
EVANGELHO BIJUTERIA!
Reflexões
– Luc 17. 11- 19
"Então, Jesus questionou: “Não foram purificados todos
os dez? Onde se encontram os outros nove?"
Hábito nojento esse, que a teologia da prosperidade colocou sobre alguns corações.
Nesse evangelho “deturpado”, Jesus é um açougueiro, que só quer o coração das
pessoas. Um romântico e incorrigível apaixonado, que nada quer enxergar, senão
as qualidades da pessoa amada! Esse
Jesus não existe! Ele foi “inventado” pela teologia maldita da prosperidade. Um deus
terapêutico, que nada mais é que um remédio; um livro de autoajuda.
Mas,
no verdadeiro Evangelho, Cristo não é essa caricatura animadora e
sentimental. Nele o mal é visto, sentido e “deselegante”. Deveria ser um
momento lindo e único daquele leproso! Veja, ele estava curado, agradecido,
emocionado e aliviado! Era o momento de eternizar aquela imagem para sempre. As
palavras serviam como uma máquina fotográfica, pronta para captar a magia do
acontecimento. Todavia, a foto manuscrita
registra desagradáveis “penetras”.
“O
pessoal positivista” que ama falar só de coisas boas deve detestar essa
passagem.
Pois é claro, que aqui a “ingratidão” estraga a imagem. É possível ver os
sentimentos de Jesus, de forma bem clara. Sua
evidente irritação provocada pela ingratidão
dos outros nove leprosos. Ninguém volta; ninguém agradece; ninguém deseja
construir relacionamento. O Evangelho verdadeiro não vê só o lado bom, só o que
dá certo, só o que sobrevive. Na
passagem, são 9 contra 1, e a maioria ganha.
Vivemos
dias, em que um leproso curado, ofusca a doença de outros nove. Tempos, que acreditamos ser
melhor enaltecer um que faz o certo,
do que “mencionar” nove que estão errados. Daí nascem as piores e mais nocivas heresias. Pastores e líderes que preferem não falar da abominação do
casamento gay, do aborto, que bate nas portas das igrejas. De pastores divorciados duas ou três vezes e que
mesmo assim, pastoreiam igrejas. Eles preferem falar do leproso que foi curado
e ignorar os que ainda estão doentes. Numa pura e doentia atitude “positivista”. Mas, o
verdadeiro Evangelho sara e confronta. E se o NT fosse só esse fragmento, ele já nos estaria claro ao entendimento.
O verdadeiro Evangelho dá alívio, mas
também confronta! Mas o que vemos
hoje? Um evangelho cheio de concessões; um evangelho
bijuteria. Onde a ganância é aceitável, em que o
divórcio é um mal necessário, onde nem todo gay é promíscuo e onde, por razões
humanitárias, é preciso se pensar no aborto. Esse é o “evangelho do
bem”, mas
não é o Evangelho do céu! Esse é
um evangelho
hippie, do paz e amor, do não faça guerra. Que não tolera discussões e
nem nada o que é feio e destoante. Ele é bonito e cheio de fatalismos. Não cabe nele a
atitude profética de apontar a
ingratidão de nove.
Como falar do “salário
do pecado” numa
geração que sonha em ficar rica? Então. É melhor falar de quem tirou a sorte
grande, e nada mais!
Mas, esse “evangelho
premiado” eu não quero para a minha vida!
Ney Gomes – 14/09/2014
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança
no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
Comentários
Postar um comentário