[Tipologia] Igreja. Um Dilúvio Diferente!
[Tipologia
Alternativa]
Igreja. Um Dilúvio Diferente!
Leitura Contextual: Gênesis, caps. 6 a 10
Com uma
pessoa que não gostaria de esquecer, aprendi coisa importante: “A teoria nos ajuda a fugir da
heresia”. É preciso para o nosso próprio bem, sempre pensar na Bíblia e
pela Bíblia (II Tm 4. 13). Sabemos à luz do caráter de Deus, que com o dilúvio,
Ele não desejava destruir a raça humana (6. 8). Deus estava cansado de ver
aquele sistema que os homens criaram contra si mesmos. Tornando-se em um
monstro opressor a cada dia (6. 13). Tempos
que funcionavam como uma fotocopiadora do mal; multiplicando
e replicando nos homens aquele sistema perdido (6. 5/Mt 24.37-39/Lc 17.26-27/II
Pe 2.5/Hb 11.7).
E se pudéssemos pensar no dilúvio de outro modo? Sobre outro
olhar? Num “insight” vi a “igreja” não como uma
arca, e sim como o próprio dilúvio!
Um dilúvio sem violência, que se harmoniza com o que sabemos ser Deus. Esse
novo diluvio [a igreja] cumpre o mesmo propósito do anterior. Que é dar um fim ao sistema opressor
desse mundo. E não é isso que a igreja tem feito ao longo da história da
humanidade? Destruir sistemas opressores? Dando aos homens a oportunidade de
criar uma “nova sociedade”, mais justa e mais fraterna?
Poderíamos
acreditar mesmo, que um agricultor
(9. 20) construiria um barco capaz de suportar a pior tempestade da história recente desse planeta? Poderíamos dizer
com propriedade que a igreja é uma construção de inexperientes mãos humanas? A arca é na
verdade, o Cristo. A “materialidade da presença de Deus”.
A arca é o Cristo “encarnado”, o verbo que se fez carne, a salvação que se pode
ver, sentir e confiar. A madeira betumada simboliza Cristo, Sua presença e
pessoa. O nosso esconderijo; a salvação sempre presente; o Deus Emanuel. A arca não é a igreja! E seus animais não
simbolizam a nossa diversidade. Pois em Cristo somos todos iguais perante Deus,
sem distinções (6.19- 21).
A igreja é uma enchente de águas tranquilas, ela é o novo “dilúvio
de Deus”. Silenciosa, ela vai degradando e enferrujando os sistemas opressores
e malignos desse mundo (Rm 3. 23). As fontes que foram abertas na Cruz do Calvário,
que jorram sem cessar sobre a impiedade desse presente tempo (Jo 19. 34). Que inundou séculos e séculos com sua presença. Enquanto os “crédulos”
estavam escondidos em Deus, a igreja,
esse novo dilúvio ia destruindo os sistemas [formas de governo] que os
oprimiam (I Jo 5. 7, 8). Para o bem da verdade, alguns não conseguiram e “não
conseguirão” ver o findar dos 379
dias. Muitos morreram dentro da arca [em Cristo] sem conseguir ver o propósito do dilúvio se cumprir. Mas,
não creio que o será assim por mais
tempo. Eu acredito que ainda virá o “pior desse dilúvio” [o último avivamento]
e depois sim, as águas baixarão. Não importa para nós, no entanto, o tempo que
levará para baixar as águas. Nosso lugar mais seguro é na arca, isso é, Cristo
(Jo 11. 25, 26/II Co 5. 17). Se vivemos e morremos nEle, sabemos que nossos pés pisaram a verdadeira terra seca; o topo do monte
santo de Deus (I Pe 3. 20). A Pomba
[Espírito Santo]
contínua sondando o “volume das águas”.
João
é o Apóstolo mais perto desse meu pensamento. Seu Evangelho possuí citações
as águas em todos os seus capítulos.
Um Evangelho liquido, que mostra o amor represado na
vida de Cristo e derramado em sua morte vicária. Uma destruição pela graça, um sufocamento
por misericórdia. Uma catástrofe pacífica
que cai sobre os poderes desse mundo! (Ap 21. 1)
É-me
permitido como estudioso pensar
assim, e certo, se nada afirmo, e de fato, eu não o faço!
Mas, a igreja, nessa
tipologia alternativa é bem
representada no dilúvio. A “providência” de Deus para destruir os poderes desse
mundo. Ou nos faria bem acreditar que contra eles Deus não tomaria
providências? A igreja seria então a estrutura que salva? Que edifica? Que constrói?
Não! Noé estava protegido em Deus, na “Logofania”
simples de Cristo. Representada aqui na firmeza da madeira, sem beleza ou formosura
(At 4. 12).
Não entenda literalmente. A igreja não
é um dilúvio! Deus disse que “dilúvios” não mais haveriam (9.9-11). É apenas um
modo de se entender a igreja “em seus tipos”. Não são mais águas [mensagem] de morte e condenação. São águas de vida,
que não precisam ser anunciadas em sua vinda! Àquele dilúvio afastou os homens
da arca, definitivamente! Esse não
(Mt 16. 18). Suas águas nos fazem olhar para a maravilhosa Porta (Jo 10. 9ª) da Arca; sempre aberta para os que são tocados
pelas águas [nova vida – Jo 3. 5].
E nós, como Noé, continuamos guardados
nEle.
Ney Gomes – Primavera
de 2014.
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos
colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
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