Igreja - O Governo na Presença das Palavras.





O GOVERNO NA PRESENÇA DAS PALAVRAS.

Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos”. ( 1 Ts 4. 13 – ACF).

Quando algumas palavras desaparecem do cotidiano, elas podem evidenciar – ou servir para isso – o fim de um tempo; de um governo. Um exemplo disso, são palavras como “Sinhá, senzala, mascate, réis, cruzeiro, cruzado, cruzeiro real, etcetal”. O uso corriqueiro de algumas palavras nos servem para mostrar o poder que as mantêm em uso. Entendemos por esse pensamento, que ao abandonar certas palavras, testemunhamos que sobre nosso coração cessou o poder que as movimentava [Mt 12. 18b]. A espiritualidade tal como a poesia funciona com palavras que são impulsionadas por sentimentos, emoções e poderes [Mc 5. 20].

Se voltássemos a usar em nossos dias o termo “sinhá”, admitiríamos a volta da poderosa cultura escravagista e das castas. Palavras evidenciam a presença de poderes, forças e influências. Diante disso, se torna fácil afirmar que o desaparecimento de palavras como #santidade #vindadecristo #cruz #renúncia #dor #entrega #obediência, estão ligadas diretamente a ausência do GOVERNO DO ESPÍRITO SANTO. E em alguns casos mais graves, sua cessação total. Em nosso particular universo, palavras e sentimentos dão testemunho de um governo permanente sobre o coração [At 16. 25/Ef 5. 19/Cl 3. 16/Ap 14. 3].

Por que nesses dias a igreja em sua expressão majoritária não fala mais da “vinda de Cristo”? Ora, é simples a resposta! Por que não é mais o Espírito Santo que lhes governa o coração. As ações de governo do ESPÍRITO SANTO são exclusivamente para preservar os propósitos de Deus manifestos a nós em Cristo [Cl 2. 6/Tt 2. 11- 14]. Essas ações implicam no presente (santidade posicional) e no futuro (santidade progressiva). Se em nosso coração e vocabulário estamos vazios de santidade e retorno de Cristo, isso PODE significar que está findando o GOVERNO do ESPÍRITO SANTO sobre o nosso coração [Mt 12. 34].

Palavras dão testemunho de um ideal, de um propósito. O dólar [moeda criada em 1792] por exemplo! Por que não foi substituído por outra moeda como no Brasil? Por que não caiu em desuso? Não desapareceu? Porque ele é mantido até hoje por um ideal muito forte, que nasceu no coração de uma nação livre, que se fundamentou em valores espirituais para a sua formação. O ESPÍRITO SANTO por meio de seu governo promove em nossos corações a ideia e o ideal de Cristo [Mt 16. 13- 15]. E é evidente que a TEOLOGIA da PROSPERIDADE não é fruto desse governo e nem comunga com Seus sentimentos [Mt 5. 19].

Chegamos num tempo em que a igreja – em sua maioria – não se encontra “confortável” com o governo e o linguajar do ESPÍRITO SANTO [Mt 12. 36]. O Espírito não governa para os homens, Ele governa os homens. E a rejeição desse governo, faz com que certas palavras desapareçam da vida cotidiana da igreja. O que falamos é o que nos governa, e o que nos governa se evidência naquilo que falamos (Hino 300, HC). É tempo de pensarmos em nosso contingente de palavras, do que falamos, do que sentimos. Por que isso tudo nos leva ao questionamento saudável: “Quem está governando a nossa vida hoje, a governará por toda a eternidade?” [Ap 22. 17]

Ney Gomes.
#euamooqueMefoiconfiado!
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10

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