Escatologia - Eliseu e a Igreja. A Última Unção!
ELISEU E A IGREJA. A
ÚLTIMA UNÇÃO.
É impossível que o túmulo leve para dentro de
si tudo aquilo que um homem constrói com Deus, em seu relacionamento. Às
Escrituras nos deixam isso evidente, e não por acaso, a coluna dessa verdade se
encontra em Hebreus 11. “Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que
Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos
seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala”. (Hb 11. 4)
Necessário que
isso seja dito, pois sobre essa verdade está uma das doutrinas mais
poderosas do Cristianismo; que diz respeito ao retorno de Cristo e destino dos
crentes na grande tribulação. Ora, sabemos que mesmo depois de morto, um homem
pode dar testemunho de sua vida com Deus. É assim, como nos diz Ezequiel em
suas palavras (14. 14). Isso é afirmado com frequência e de maneira muito mais
poderosa em Eliseu, que na tipologia
Bíblica, representa a igreja. Em
Eliseu Deus nos revela como Seu amor transcende todo o nosso entendimento (Ef
3. 19). O Pai deixa no testemunho de Seus filhos um último presente para um
mundo que rejeitou Sua mensagem e Seu mensageiro (Jo 1. 11, 12).
“Depois morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora,
as tropas dos moabitas invadiram a terra à entrada do ano. E sucedeu que,
enterrando eles um homem, eis que viram uma tropa, e lançaram o homem na
sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem, e tocando os ossos de Eliseu,
reviveu, e se levantou sobre os seus pés”. (II Rs 13. 20, 21 – ACF)
A morte de
Eliseu aponta para o fim dessa dispensação (da graça). Isso acontece quando Jesus vem buscar a Sua
igreja (na nossa confissão
pré-tribulacionista). Após isso, “as tropas de Moabe”, uma forte figura de um
mundo sem Deus, se levanta para impor seu império.
“À entrada do ano” aponta para um esmagamento de tudo aquilo que sobrou de uma
cultura que honra ao Deus de Israel, ao verdadeiro Deus! A exigência de uma fé
cheia de primícias (primeiros frutos da
primavera) é Bíblica e ela desaparecerá pelo uso da força! Existirá uma “cultura de morte; de obras mortas; de
observância de regras e liturgias sem vida”, claramente aqui nos apontada pela
prática do enterro. Que significa
nas palavras de Jesus, “gente morta enterrando gente que já morreu”. Como
ninguém morre por culturas, mas por imposição delas, os homens fogem e
abandonam o corpo de seu amigo. Essa fuga representa a prática religiosa dos
que ficaram na terra por amar mais a sua vida. Cremos em nossa doutrina que
essa igreja não é mais assistida pelo Espírito Santo, que já se retirou com a
segunda vinda de Jesus. Disso resulta seu constante desespero e fuga.
Mas em certo momento, após
muitas primaveras (que é um símbolo do pentecostes),
depois de muito fugir e de deixar muitos corpos para trás, algo novo, de despertamento vai surgir no meio dessa igreja que
ficou para trás. Não será uma nova vinda ou descida do Espírito Santo, como
alguns pregam. Será um despertamento
de consciência, gerado pelo testemunho “histórico”
dos santos que morreram antes da tribulação e dos que foram levados em vida na
vinda do Senhor Jesus (I Ts 4. 16, 17). Quando o texto afirma que o “homem se levantou”, está apontando
para esse momento de despertamento e descoberta dessa comunidade. Não é uma
presença, e sim, uma unção que permanece. E ela trará grande inspiração sobre
as ações dessas pessoas que redescobrem a santidade em meio a grande
tribulação. Não haverá mais fugas depois disso, mais uma disposição de
morrer à exemplo dos santos do passado,
pelo nome de Jesus (II Ts 2/Ap 12. 11).
Sabemos que
quando aqueles que estão mortos são colocados diante do testemunho daqueles que
encontraram a vida, algo sempre acontece! (At 1. 8) Morremos por causa do
pecado e natureza Adâmica que em nossa carne habita, mas entendemos que a vida de Deus não pode ser destruída
pela morte, como vemos em nosso Senhor Jesus (I Co 15. 54, 55). Percebemos na “vida de Eliseu” que mesmo após
a sua doença, ainda existia nele poder para decretar vitórias. A doença fala do tempo do fim que se aproxima, e
que mesmo doente das coisas desse mundo, carrega dentro de si a vitória das
Palavras de Jesus. Todavia, no DIA DA
IRA DO SENHOR, nesse Eliseu, uns ficarão com a doença de Adão e outros com
a “flecha do Livramento”! Um claro retrato daqueles que com sua vida
aborreceram e feriram essa terra, ainda
que não como deveriam ferir (v. 19). Há ainda certa vitória guardada para o
tempo de “Laodiceia”.
Eliseu viveu
segundo o querer de Deus, mas foi
morto pelo pecado de Adão (Rm 5. 14). Isso também é uma forma de “martírio”.
O que é martírio? Na mais
simples resposta é: Experimentar uma morte que inspira gerações; ser alguém que
ainda depois de morto fala por meio de seu testemunho. O
testemunho, mesmo depois do fim, continua sendo um presente para as gerações
seguintes (Ap 2. 13). E será ainda mais precioso após a vinda de Jesus. Uma
última chance para aqueles que agora nada veem. Então sobre o testemunho dos
fiéis, que o túmulo não consegue engolir,
diz o Escritor Sacro de Hebreus: “O mundo não era digno deles”
(11. 38). O que é da terra volta para a terra, mas o que é do céu, não
pode sofrer a corrupção do mundo. Isso se tornou um presente para o mundo,
embora ele não o mereça. Mas assim é o amor de Deus! Sempre presente de uma
maneira ou de outra, para aqueles que desejam ser semelhantes a Jesus! (Rm 8.
29).
Ney
Gomes. 07/02/2016 (Twitter@neygms)
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
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