Poético - Pactos de Normalidade.
HOMENS E BICHOS INSANOS.
Assim que passei na frente de seu muro, o bichano lambeu gostoso as patas e
disse: – Bom dia! Eu não respondi, e segui meu caminho para o trabalho.
Fiquei
com aquele sentimento de estranheza por todo o dia. Quando voltei para a casa à
noite, lá estava ele, deitado, se coçando todo. Ele me seguiu com os olhos,
atentos a minha proximidade, e quando cheguei bem perto, disse: – Boa noite!
Simplesmente fingi de novo que não era comigo.
Lamentável. Aquele gato precisava saber que se não guardarmos o pacto de
normalidade com o qual nos comprometemos, o mundo não chegará a lugar algum!
Ney - Fevereiro de 2011.
“Teólogos escrevem sobre Deus. Mas quanto
aos poetas, só Deus sabe”.
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