2018Turbinado - O Valor das Cerejas!

O VALOR DAS CEREJAS!

(Mc 10. 17- 22)

“... Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (v. 17)

Por vezes achamos que precisamos apenas de conselho sobre algo que já sabemos, quando na verdade precisamos de ensino sobre coisas cujo nossos desejos não entendem a natureza delas. Foi o caso do ‘Jovem Rico’. Quando se aproximou de Jesus, ele acreditava que precisava apenas de um conselho sobre coisas horizontais. Mas, o Mestre percebeu que sua necessidade era de ensino sobre coisas verticais.

Mestres espirituais precisam – e por isso não podem ser neófitos – entender a natureza dos pedidos e dar definições dos conceitos envolvidos em um acontecimento (I Tm 3. 6). Conselhos são fragmentos de um aprendizado; são princípios que facilitam processos já aprendidos por outras maneiras (Pv 15. 22; 24. 6). Ensinos são processos que geram princípios (Js 1. 8). Princípios são crenças adquiridas que extraem de verdades e relacionamentos os resultados que elas prometem (Is 1. 19/Mt 6. 33). Um exemplo disso está na observação de Davi. Ele entendeu pela casa de Obede-Edom e não pela casa de Abinadabe, que existia um princípio exato para lidar com a Arca da Presença. Somente depois disso, é que ele traz a Arca e Obede-Edom com ela (I Cr 13. 14; 15. 2).

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Salomão resumiu o aprendizado de seu pai em 2 princípios (Pv 3. 16). O princípio da “mão direita” e o princípio da “mão esquerda”. Existe um modo para lidar com o eterno e o passageiro. Quando o Jovem Rico declara seu pedido, Jesus se certifica se ele era ensinado das coisas horizontais (v. 19), se ele entendia os princípios da mão direita e da esquerda. Sua resposta é favorável para a sondagem do Mestre (V. 20). Mas seu problema não se resolveria com um conselho sobre coisas horizontais, identificou Jesus (v. 21). Era preciso um ensino sobre coisas verticais. Conselhos são coisas pontuais e ensinos são coisas processuais (Pv 22. 6). Israel era uma comunidade sacerdotal (ensino) que precisava de profetas (conselheiros). A Igreja é uma comunidade profética que precisa de sacerdotes (Ap 1. 6; 5. 10; 20. 6). Por isso, na antiga aliança a ordem era honrar os profetas. Mas na nova aliança, a ordem é honrar os ensinadores (Gl 6. 6).

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Ao se aproximar de Jesus, esse jovem desejava apenas obter uma “cereja” (conselho) para enfeitar um bolo (ensino) que ele já acreditava ter. Todavia, foi informado pelo Mestre, que mal bolo tinha para a ‘cereja’ que desejava obter. Às vezes, em casos legítimos, um enfeite para adereçar algo que já possuímos, sai mais caro do que tudo aquilo que já conquistamos (Mt 13. 46). Tem pessoas que querem cereja no bolo, até descobrirem o quanto vão lhe custar as benditas cerejas! (v. 22)

Ney Gomes - 14/12/2017. Twitter@neygms 

"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10