A Exuberante Fábula do Ratinho Xan-xan. Parte 2.



A EXUBERANTE FÁBULA,
DA INCRÍVEL VIAGEM
DO RATINHO XAN-XAN.

PARTE 2 – A viagem.

         Passou quase um ano inteiro desde aquele encontro com o ‘Pardal’, a lua crescente anunciava a chegada da última e completa luz de todas as noites daquele ano. O morro da Cara dos Ossos era uma formação rochosa de três pedras cujo maior ficava ao centro. Na última lua do ano, ela se levantava brilhante por detrás dessa formação, de maneira incomparável e única, uma vez apenas no ano. E era esse o dia.  Xan-xan chegou quando o sol tocava com seus últimos raios o ponto mais alto das três pedras. Ele ainda estava pensando naquela beleza toda quando...

        ... Sem perceber, a Velha Coruja cujo nome ninguém sabia pronunciar, lhe agarrou e voou com ele em suas garras, seu voo mais alto.
— Então você é Xan-xan, que quer conhecer as terras laboratoriais! Disse ela enquanto subia, subia e subia.
— Como você sabe meu nome e o que quero? Disse Xan-xan.
        A Velha Coruja, cujo nome ninguém sabia pronunciar, deu uma gostosa gargalhada bem alta: — Xan-xan! Sou a Velha Coruja e sei tudo o que todos os animais das Terras Teóricas querem. E o que você deseja é verdadeiro, e somente eu posso fazer por você!
        Então, ela começou numa velocidade incrível, ainda com Xan-xan em suas garras, descer em direção a pedra maior, do Monte da Cara de Ossos. O Ratinho ficou assustado com a altura e a velocidade. Ela parecia que iria chocar ambos contra a pedra. Mas quando o voo chegou bem perto da rocha, Xan-xan parece que desmaiou e nada mais viu.

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[PARÊNTESIS PARA APRESENTAR O PARDAL]

   Se dizia nas Terras Teóricas que foram os pardais que inventaram a alegria dos dias. Conta-se uma história antiga, mais antiga que a história, que antigamente, os pardais não voavam. Eles ficavam lá, no chão, ciscando, parecendo galinhas. Mas eles não eram galinhas!
     Um certo dia, um ‘pardal’ encontrou com a Velha Coruja, cujo nome ninguém sabia pronunciar. Ela perguntou ao pequeno pardal se ele poderia ajudá-la a fazer dias mais felizes. O pardal, prestativo, logo se dispôs.
— O que posso fazer para te ajudar?
— Eu preciso que você voe! Apenas isso. Disse a Velha Coruja.
   Naquele dia, a Velha Coruja, cujo nome ninguém sabia pronunciar, deu a todos os pardais um ‘pedaço de céu’. E eles se tornaram os alegres penduricalhos de todos os dias. Fazendo o que as estrelas apenas a noite podem fazer!

Continua...

Ney Gomes. - Twitter@neygms – 20/11/2017.

“Teólogos escrevem sobre Deus. Mas quanto aos poetas, só Deus sabe”.

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