Para Tempos e Pessoas Difíceis.
PARA TEMPOS E PESSOAS DIFÍCEIS.
Quando alguém inventa
alguma coisa ou compra, logo quer ver funcionar. Então, abre a caixa, junta
peças, monta e faz acontecer. Se não acontece, gira ou solta feixes de luz,
desliga, desmonta e faz tudo de novo até dar certo. Os discípulos já andavam
por um pouco de tempo com o Mestre, e Ele fazia testes, ajustes e acertos nessa
sua equipe (Lc 10. 1, 2).
Não demorou muito e Jesus pensou em algo mais ousado, uma quase nudez de
corações. Tantas necessidades, gente aflita e sem entendimento. Sobre esse
evento em particular Alexander Balmain Bruce
(1831- 1899) em seu livro intitulado “O Treinamento dos Doze” vai
dizer: “O compassivo Filho do Homem durante suas
andanças, tinha observado como as massas estavam: como um rebanho de ovelhas
sem pastor, esparramado e dilacerado, e era seu desejo que todos soubessem que
um bom Pastor tinha vindo para
cuidar da ovelha perdida da casa de Israel. As multidões estavam
suficientemente prontas para receber as boas novas; a dificuldade era atender a
grande demanda do momento. A colheita – o
grão pronto para a ceifa – era grande, mas os trabalhadores, poucos”
(Pág. 99 – Arte
Editorial, 2005).
Era uma missão nobre e nem
por isso fácil. Exigiria muito dos discípulos ao estarem sós pelos caminhos e
vilas da Galileia. Por conta disso, Jesus estabelece 4 princípios que deveriam nortear seus comportamentos em todo tempo. Tais princípios
jamais abandonariam o rebanho e nem
a pregação do Evangelho. A grande
colheita continua sendo um desafio, mas nem por isso, o Mestre descuida da
qualidade de seus obreiros, e observar esses princípios dariam testemunho de
que seus corações estavam prontos para fazer a obediência acontecer em sua
ausência.
“Observai! Eu vos envio como ovelhas entre os
lobos. Sede, portanto, astutos como as serpentes e inofensivos como as pombas.
(...) E, acautelai-vos dos homens (...). Todavia, quando vos prenderem, não vos
preocupeis em como, ou o que deveis falar...” (Trechos de Mt 10. 16- 19 – KJA)
Quatro
coisas
você precisa ter diante de gente e tempos difíceis:
1.
Prudência – É a qualidade daquele
que diante de qualquer coisa especial ou de valor, não quer ter e nem dar
prejuízo a outros (Mt 25. 24, 25). Como na
parábola das dez virgens, em que o comprometimento de cinco delas, pois em risco a beleza litúrgica daquele casamento. Como
estudamos na Lição 11, da CPAD, 4º.
Trimestre de 2018, “As Parábolas de Jesus”, gente imprudente é gente que
não observa prazos, tempos e papéis. Com metade da iluminação necessária a
cerimônia viu sua beleza ser comprometida e com/por isso, as virgens perderam
seu lugar na festa. Nesse caso, uma imprudência perfeita e completa (Mt 25. 1-
13).
2.
Simplicidade – É sofisticação, são
linhas suaves, objetos de desejo. O “simples” é o rico, o talentoso, o empreendedor. O que fazem as pombas?
Ora, elas apenas voam. Gente que
sabe que faz algo bem feito, focaliza
e terceiriza tudo aquilo que fazendo compromete sem desempenho. Meu primeiro pastor me ensinou que se
alguém faz cinco coisas ao mesmo tempo, ao menos três delas ficarão malfeitas.
Por que ninguém nasceu sendo bom em tudo, ao mesmo tempo e em todo lugar. O
simples sabe seu lugar no mundo e faz isso acontecer com excelência e
qualidade.
3.
Cautela – Cauteloso é aquele que
diante de circunstâncias complicadas não piora as coisas com suas palavras e
que não faz o ruim ficar ainda pior. Cautela é o pensamento que se cultiva
sobre uma coisa ser perigosa ou não, de ser dita. O cauteloso sabe guardar o
seu lugar no campo e sabe que o Mestre conta com ele para outras semeaduras (Jo
4. 37, 38). Cautela é preservação. O Cauteloso vai ser usado por Deus muitas
vezes. Robert
Greene, em seu livro “48 leis do poder”
vai nos contar a história de um tal Rileiev e
seu problema com o Czar Nicolau I. Por liderar rebeliões
operárias Rileiev foi condenado a forca. Mas no dia da execução, a corda
arrebentou. Tais coisas eram vistas como milagres divinos em 1800 e o Czar já assinava ainda que
descontente o perdão. Mas então, ele soube da fala sem cautela de Rileiev que disse: “Estão
vendo, na Rússia não sabem fazer nada direito, nem mesmo uma corda”.
Diante dessas palavras Nicolau I mandou novamente lhe enforcar e dessa vez, a
corda não arrebentou. (Pág. 62, Lei 4 – Editora Rocco, 2000)
4.
Paciência - é a capacidade de se
manter fazendo alguma (por muito tempo) coisa que parece ser difícil ou não ter
recompensa alguma. Paciência é uma virtude vocacional
manifesta em dois estados. No estado
passivo é paciência, já descrita nas linhas
anteriores. No estado ativo é ‘perseverança’.
Condição que nos possibilita ir até o fim com qualquer projeto que nos foi
confiado, ainda que se sofra dano, perda ou prejuízo (Ec 7. 8). Em Tiago, sua
ação plena é descrita como geradora
de maturidade (1. 3, 4). De todas as virtudes
vocacionais, paciência é a ‘cereja do bolo’. Das virtudes que se precisa
ter para o próximo, ela é a mais importante (I Co 13. 4). Em 2005, a CPAD, por meio do Rev. Antônio
Gilberto, Lições Bíblicas, 1º. Trimestre, Jovens e Adultos, Lição 6,
tratou do tema “Paciência” com a excelência que sempre marcou seu ministério.
Na Revista “O
Fruto do Espírito” ele diz em sua conclusão: “O desenvolvimento da paciência no interior do crente é essencial para o seu
amadurecimento espiritual” (Pág. 45 – Revista do Professor).
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Quatro coisas dependiam dos apóstolos e apenas deles. E quatro
coisas dependiam apenas de Jesus: “Curai os
enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios...”. E sempre
será assim!
Os homens cooperando com Deus Pai e o Reino do Seu filho amado se revelando em
plenitude! Desses dias, de suas memórias
afetivas, Pedro registrou com grande
autoridade: “Antes crescei
na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele
seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém”. (II Pe 3.
18)
Ney Gomes - Outubro de 2017 – Twitter@neygms
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
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