I João - Cristandade Simples (15).
EMANAÇÕES DE UMA NOVA
IDENTIDADE.
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é”. (I Jo 3. 2 – NVI).
A filiação é a nossa melhor distinção, a maior de todas as irradiações e o melhor de os privilégios. Depois de falar dos anticristos (antifilhos), João parece determinado em deixar claro a marca de identidade mais forte da Cristandade. Somos filhos forjados por um amor que a humanidade ainda desconhece em seu todo (Rm 8. 29). Um amor inspirador, mas sobretudo, transformador. Um amor que descaracteriza nosso modo de encarar e lidar com o mundo. Pelas palavras de João dá para concluir que a maior herança desses filhos não é ter, mas ser. E o que agora somos, é o que vamos herdar, todavia, tão grande herança só nos está acessível pela fé que vem da esperança.
A esperança de um fim de paz molda todo o princípio
de nossas atitudes, e isso está incrustado naquela celebre frase que ouço há
muito: “Em seu lugar o que faria Jesus?”. Nesse
ponto de sua carta, João trata das coisas que emanam
de dentro do crente e que lhe são comuns. É
preciso em todo lugar se sentir filho para viver na dimensão que Deus preparou
por meio de Jesus. Esse amor nos
devolve a confiança em nossa identidade. Essa verdade não está distante de nós,
para o bem do entendimento, ela está dentro de nós. Mas, só o amor de Deus é
capaz de produzir confiança a ponto de nos fazer crer e mudar. Vivi até os 23 anos no mundo sem Deus,
e sei bem o que pensa uma criatura que não sabe qual é sua identidade [At 22.
27- 29]. No entanto, Seu amor não foi vão para comigo e eu recebi Dele a
confiança para crer em quem sempre fui. E todos os que têm essa confiança se
afastam do pecado e por ele não mais são dominados. O
pecado é a amnésia causada pelo
fruto proibido. Todo aquele que permanece comendo dele, não O viu, nem O
conheceu. Tal pessoa é por amnésia, filho da desobediência, um “sem esperança,
sem identidade”. Mas bendito é o nosso Pai que está no céu, pois Ele nos enviou
Seu filho, o único filho que sabia que era filho e que sabia o
caminho de volta para casa. E todo aquele que O segue nesse caminho
de volta, tem essa esperança e fé.
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