O Enigma de Pedro!


O ENIGMA DE PEDRO.

 

O texto Bíblico que fala de Jesus, Pedro e a tempestade é sem dúvida um dos mais ricos textos sobre a natureza da fé. Como uma jazida de minério com recursos quase inesgotáveis, Mateus 14. 22- 33 tem por séculos alimentado e fortalecido a fé da cristandade. JESUS escolheu essa tempestade para nos ensinar sobre as coisas que tem poder e não tem poder para edificar a fé pessoal. 

PRECISAMOS mais uma vez olhar esse texto com cuidado, já que em dias atuais não apenas o mar produz tempestades. Elas agora nascem de economias, políticas, ideologias e religiosidades. Ao compelir os discípulos a entrarem no barco, Jesus estava montando um cenário circunstancial para algo de grande valor que precisava ser aprendido. Eu creio que Deus sonhou com a beleza da Pérola, mas, primeiramente fez a Ostra. Por que se uma coisa não pode ser protegida, por muito ela não continuará tendo valor!

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Nesse caso, a tempestade era a ostra e tudo o mais que ali aconteceu, a pérola. É muito importante para a fé entender a natureza simples e poderosa do que Jesus declarou ao se aproximar dos discípulos. Primeiro o Mestre libera uma palavra para anular as circunstâncias: “Tem bom ânimo”. Se deixarmos, os dias podem adoecer a fé, com chuvas ou sol. Dias de guerra, dias de paz. Dias de abastança, dias de escassez. Habacuque descobriu que o que pode acontecer nos dias que se seguem (3. 17- 19) não deve abalar a nossa fé! 

Logo depois de liberar uma palavra para anular as circunstâncias, Jesus libera outra palavra para fortalecer os relacionamentos: “Sou eu, não tenham medo! ”. Foi numa outra tempestade que os discípulos compreenderam que não conheciam Jesus (Mc 4. 41). Fato esse, que sempre nos deixa ao sabor das circunstâncias. Tempestades, ventos e paixões tem enorme poder sobre os que não conhecem Jesus por meio de um relacionamento pessoal.

Essa ação de Jesus, singular como uma moeda de ouro, devia ter deixado os discípulos em perfeita paz. Mas o coração deles ainda não estava treinado para extrair isso das palavras de Jesus. É aqui que Pedro pede um sinal e que aprendemos ao que a fé reage perfeitamente! A fé Cristã só pode ser edificada pela Palavra, que ali, é a sua própria encarnação! Mas Pedro queria um sinal! Ora, sinais para nada servem no que diz respeito a ter a fé edificada. Viver por pedir sinais é a evidência mais exata que uma alma não foi tocada pelo novo nascimento. A fé, como bem entendemos por meio de Tomé, tem o dever de crer sem ver, e que só assim, seu status é transformado para bem-aventurança! 

Certo é, que quem fracassa diante da Palavra, o fará ainda mais diante dos sinais. É aqui, o caso de Pedro. Fracassou diante das palavras de Jesus e novamente fracassou diante dos sinais por Ele liberados. E por quê, que com qualquer outra pessoa tal coisa funcionaria? Em dias de tempestades a gente não se pode dar o luxo de colocar a fé para acontecer com coisas que não a edificam! 

Dentro dessa ostra, a pérola de entendimento é: quem vive de pedir sinais a Deus, sempre fracassará! Pedro rejeitou a Palavra de Jesus sobre as circunstâncias, sobre os relacionamentos. Rejeitou a verdade de Jesus chegar a eles andando sobre as águas, rejeitou o convite para ele mesmo fazer coisa semelhante e afundou! Todavia, Jesus não rejeitou Pedro, por entender que essa sua condição seria temporária. Anos mais tarde, por meio de um de seus mais promissores discípulos, Marcos, Pedro registrou: “E estes sinais seguirão aos que crerem...” 

E assim, Jesus nos ajuda a entender as questões mais importantes da vida: A galinha veio antes do ovo, os bois vão na frente dos carros, o verão vem antes dos sorvetes e crer na Palavra vem antes dos sinais! E quem tem “ouvidos” para ouvir, que ouça!

 

Ney Gomes – Junho, Cabo Frio.

"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10

 

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