I João - Cristandade Simples (16).
CAUSAS E “D” EFEITOS.
“Desta
forma sabemos quem são os filhos de Deus e quem são os filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não procede
de Deus, tampouco quem não ama seu irmão”. (I Jo 3. 10 – NVI).
Anteriormente, João denunciara a escuridão
que dominou a vida religiosa dos judeus. E é claro, ele também denunciaria seus
efeitos. Um olhar mais desatento poderia imaginar que tantas luzes ao longe
eram vaga-lumes, mas, ao se aproximarem mais, ficou evidente que eram tochas e
lanternas. João viu que se tratava da guarda do templo; de homens com forte ligação
com o altar. Mas, a luz de suas tochas e lanternas não expressava a justiça, e
João logo entenderia isso. Ele não seria o primeiro e
eu não serei o último, a ver homens que carregam a luz, fazerem coisas
que não se podem repetir ou falar.
Não estamos falando de uma justiça que ambiciona consertar o
mundo, mas, de uma que impede o mundo de nos desconsertar. E esse desconserto é visto também em Pedro, no momento que ele corta a
orelha de Malco (dois erros não fazem um acerto). Sua
falta de justiça faz daquela noite uma noite ainda mais escura. No entanto, a justiça brilha intensamente no
momento que Jesus "cola" a orelha dele novamente no lugar.
O mundo não é
justo, a gente aprende isso logo quando criança. Mas, não é nele que
devemos procurar justiça. Justiça é um
assunto de Reino, de igreja, de pessoas transformadas, que professam
esperança em Cristo (Ef 4. 23). Por isso, quando
o mundo entra na igreja, para nada mais presta,
senão, ser pisada pelos homens (Mt 5. 13). E tal coisa acontece hoje, à
exemplo de Roma, que controlava o sumo sacerdote, e consequentemente a mensagem dele. Como no caso de Malco, a justiça deveria nos devolver a
nossa integridade, no entanto, hoje ela parece mutilar ainda mais. E não digo a
respeito da justiça que se vê no mundo, mas daquela que é exercida na IGREJA.
Estamos ou já somos uma comunidade de gente desconcertada,
que entende que justiça é o dar cestas básicas. E tudo o que fazemos diante das
orelhas que se arrancam, é calar. Pedir a Deus que elas sejam coladas de volta.
Afinal de contas, espada na orelha do “Malco dos outros” é refresco!
Ney Gomes – Verão. 09 de Fevereiro de 2011.
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo". 1 Timóteo 4.10
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