I João - Cristandade Simples (18).



MARCHA RÉ QUEBRADA! 

 “Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade”.

(I Jo 3. 18 – NVI).

 

               Por muitos anos dei aula para classes de discipulado. Na verdade, essa é minha grande paixão, a oportunidade de formar pessoas capazes de pensar uma Cristandade correta. E todo progresso que o professor consegue perceber se dá por sinais; uma vida em transformação gera símbolos significativos. E esses símbolos são frutos do conserto de velhas distorções. A nova vida traz mudanças junto a si, e essas mudanças promovem restauração em muitas coisas que se encontram ao nosso redor, isso é, em seu raio de ação (Jo 15).

         Ora, se não vivemos mais como vivíamos, é certo que o que fazemos não se assemelha ao que era antes. João passa a citar características de uma vida "transpassada" (Gl 6. 14). O amor restaura nossa capacidade de se comprometer com os iguais. Restaura nossa coragem de amar com comprometimento, nossa capacidade de sentir misericórdia e restaura nossa plena capacidade de crer e ter esperança. Restaura nosso relacionamento com Deus e com os irmãos. O amor não torna ninguém perfeito, mas, vai produzindo perfeição em todas as atitudes do viver. De modo que é fácil dizer que aos que amam é natural o se doar, o compartilhar, o comprometer-se e o crer.


        Fui desde o princípio ensinado que igreja faz diferença onde é estabelecida. Aquele papo de SER sal e luz era muito comum nos dias que me converti. Falávamos em transformar (muito antes da palavra legado entrar na moda) o mundo pela renovação de nosso entendimento, e nunca aceitávamos estar num lugar sem que nada acontecesse. Bons tempos eram aqueles! Hoje, dez igrejas em uma rua, não significam nada para um bairro e 100 igrejas em um bairro nada acrescentam para uma cidade. Elas abrem e fecham como coisas que não tem valor, e não há mais quem chore por isso. Abraçamos forte contra nosso peito a doutrina da fatalidade e achamos que tudo é normal, desde que não seja conosco.

        A liderança já não anda mais contente com os títulos que receberam, e estão recriando outros com "mais poder". Que é para ver se volta a inspirar respeito no povo!

O amor de Deus é retratado por João como um rio que passando em terra seca, faz de novo brotar a vida. O potencial sempre esteve lá, mas a sequidão não lhe deixava produzir nada. A vida de Deus devolve o potencial de nossa vida e nos possibilita viver aquilo que Deus planejou para nós, como indivíduos e como comunidade.

Antes, o que era visto só em Jesus, reflete agora em nós, por meio do Espírito. Por conta disso, João afirma com ênfase que Ele nos deu Sua vida, Seu Espírito e Seu amor. E tanta ênfase serve para reforçar que a comunidade não pode passar despercebida onde é implantada.

 

Ney – Verão. 09 de Fevereiro de 2011.

"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo". 1 Timóteo 4.10


Comentários

Postagens mais visitadas