[Especial Brasil] Filipenses. A Barriga e as Políticas Eternas!

 

Reprodução da internet. Imagem manipulada.


A BARRIGA E A CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS ETERNAS!

Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só
pensam nas coisas terrenas. (Fl 3. 19 – ACF)

A vida jamais deveria ser governada por ambições pequenas, medíocres. E é isso que o “ventre” representa para além de um símbolo de inimizade com a cruz. A barriga não suporta o peso das coisas eternas, longínquas. Um povo que pensa com a barriga jamais vai construir um futuro de paz. Uma vida só pode ser transformada com a coragem de se poupar o dinheiro de um almoço para comprar livros. 

Quem coloca a barriga nas contas para uma vida melhor, não chega a ver saldo positivo no fim de tudo. Jesus deixou isso evidente na sua tentação do deserto. No meu país é comum políticos inescrupulosos deixarem o povo de “barriga vazia” para daí controlar seu destino. Pois quem tem fome tem pressa e quem tem pressa não tem paciência para construir um amanhã melhor, para si e seus filhos.

 

Desabastecimentos, inflação, juros altos e políticas sindicais no Brasil têm sido usados para criar a fome que escraviza os ventres! Esse assunto circula como sangue dentro das palavras de Paulo aos filipenses. Se a sua ambição se resume em comer, beber e sentir prazer, sua ambição faz de você uma pessoa que pode facilmente ser escravizada. Uma mentalidade terrena pode ser sequestrada por qualquer poder mundano, seja ele ideológico, cultural ou político, por qualquer ferramenta de opressão que esses poderes tenham: “E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus”. (Lc 4. 4). 

A Cruz de Cristo mata em nós as coisas que criam possibilidade de uma tomada hostil dos nossos valores, a “barriga” ao contrário, se faz aliada delas. Tal aliança apenas produz confusão. Pessoas escravas de uma preguiça dominical, que lhes escraviza no sofá diante da televisão, mas cujo corações, desejam ardentemente a eternidade prometida por Cristo Jesus. Gente que ama a luz, mas se diverte com tudo o que é, na escuridão. Que amam a honestidade quando essa se encontra controlando integralmente os outros. Gente que ama Jesus, mas tem um trono cravejado de joias para seu próprio umbigo. 

A fome, portanto, no Brasil é um bom negócio. Quem controla a fome, a doença e a insegurança controla o destino de uma nação. Mas com educação, saúde e distribuição de renda um povo se torna dono de seu destino. Gente de barriga cheia não se faz escravo de políticos, não anda de pires na mão atrás de autoridades. Quem tem fome tem pressa e quem tem pressa abriu mão do seu direito sagrado de escolher por sabores, cores e regiões. 


A fome sempre foi, é e sempre será combatida pela igreja, um mal que se deve enfrentar. Mas ela nunca foi um poder que ameaçou a missão da igreja. O JEJUM estimula o seu confronto e o os vícios devem ter ele como prêmio, como bem ensinou Paulo a outra comunidade, os tessalonicenses:
“Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também”. (II Ts 3. 10) 

A fome nunca intimidou a igreja ou ameaçou seu destino. Por que nós vivemos pelo Espírito, no espírito. O VENTRE não cria as nossas políticas de vida e relacionamentos, mesmo quando ela nos ameaça. Um adágio fez chegar a nós a alma dos que não se curvaram ao governo do ventre e de seus instrumentos de opressão e controle e ele diz: não vivemos para comer, comemos para viver. Quem vive para apenas comer e beber, sem pensar no dia do amanhã, celebra apenas a sua próprio finitude e mediocridade (Romanos 8. 1- 10). 

A quem interessa a exaltação do que rouba nossa qualidade de vida? O que deseja os oligopólios e monopólios desse país? A quem interessa manter caro os combustíveis, o gás de cozinha a carne do almoço? A barriga não é um bom mentor, um coach, uma autoridade de algum setor. É dever da igreja ajudar as pessoas a pensar não com a barriga, mas com a cabeça e o coração. Manter a vida social e espiritual das pessoas longe e livre de tudo aquilo que lhe pode escravizar, agora e para a eternidade! (vs. 20, 21). 

 

Ney Gomes – 06/07/2021. Twitter@neygms

"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10

 


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