Devocional Josué - A Conquista do Céu (04).

 



MARCADOS PARA VENCER!

(Vale a pena meditar em Romanos 5).

        

“Então Josué disse a Acã: Meu filho, para a glória do SENHOR, o Deus de Israel, diga a verdade. Conte-me o que você fez; não me esconda nada.

Acã respondeu: "É verdade que pequei contra o SENHOR, o Deus de Israel. O que fiz foi o seguinte: Quando vi entre os despojos uma bela capa feita na Babilônia, dois quilos e quatrocentos gramas de prata e uma barra de ouro de seiscentos gramas, eu os cobicei e me apossei deles. Estão escondidos no chão da minha tenda, com a prata por baixo".  

(Josué 7. 19, 21 – NVI).

 

A circuncisão não foi suficiente para marcar a mentalidade de todos aqueles homens que saíram do Egito. A ferida depois de sarada, não gerou na lembrança deles a certeza de que a vida deles agora era propriedade de um Deus Todo-Poderoso (At 27. 23). A marca da incredulidade gerada pela escravidão era mais visível aos seus olhos que a promessa de Deus (I Cor 10. 1-5). Então Deus mandou homens expiarem a terra por Ele escolhida, com a intenção de lhes abrir o entendimento (Fl 1. 6). Moisés então para enfraquecer a possibilidade de incredulidade, escolheu os príncipes de cada tribo. Em Canaã tudo era grande e prosperava de forma visível, mas os “escravos” só enxergavam que Canaã possuía grandes senhores (Nm 13. 28/Gl 5. 1). Por conta dessa mentalidade incrédula toda aquela geração se condenou a morrer nas areias do deserto, sem dignidade e segundo a visão que eles tinham de si mesmos. Daí se levantou uma geração ainda incircuncisa, mas com visão de conquistar um reino onde eles pudessem permanecer livres. Uma geração que seria a “marca” de poder e obediência. 

 

 Marcas servem para lembrar alianças, pactos e experiências. Deus marcou aquele povo com milagres de amor (Dt 4. 37/7. 8/Gl 5. 6), seus feitos visavam lhes abrir o entendimento para um futuro ainda melhor (o céu é bem melhor que qualquer coisa na terra). Nossa vida de fato começa com o Senhor quando nos tornamos suas testemunhas (Lc 24. 48/At 1. 8). A verdadeira circuncisão não é feita na carne (5. 7), com facas de pedra, mas no entendimento através do Espírito Santo (3. 16, 17/Rm 2. 29/12. 2). O acontecimento desastroso envolvendo Acã nos revela claramente que devemos ter uma vida com Deus não marcada na carne através de rituais, mas sim uma vida marcada pela indiferença aos valores desse mundo (Mt 6.19-24 e 33). Coisa que só alcançamos fora da carne (Gl 6. 14/ I Cor 3. 3). Se a vida com Deus começa com um milagre que serve de indicador para algo maior que está para ser conquistado, como será o céu (Mc 1. 1). Uma vez que não existe milagre maior que a salvação conquistada para nós por Cristo Jesus (Jo 1. 12, 13/Ap 21). O Senhor circuncidou o entendimento de todo aquele povo com seus milagres e feitos extraordinários e isso, e não outra coisa é que deveria ser o diferencial entre eles e os habitantes de Canaã (incluindo mulheres e crianças – Lv 11. 45). E nos circuncidou também quando mandou Seu filho ao mundo para morrer por nossos pecados. Aos meus olhos é natural a morte de Acã, afinal, sua mentalidade era terrena, animal e diabólica (6. 17/Tg 3. 15, 18). Ele não fazia parte do povo que Deus escolheu para ser suas testemunhas (Is 43. 10/Rm 9. 6). 

O "Salmo 91" como você precisa conhecer!

         Acã pecou porque não se deixou marcar por Deus na travessia sobrenatural do rio Jordão, pois foi ali que de fato Deus marcou a nação de Israel (Rm 8. 6/I Ts 5. 23/Hb 12. 14). Quem foi marcado por Deus para viver em objetivos e propósitos maiores não pode se embaraçar com coisas dessa vida, pois aqui o que não é aparente, é efêmero! Nossas tentativas de diluir o Evangelho só demonstram que não compreendemos seu conteúdo e seu idealizador. Se os milagres de Jesus não marcam nosso entendimento, se sua morte e espetacular ressurreição não nos restringe em nosso relacionamento com o mundo, corremos o risco de descobrir tarde demais, a exemplo de Acã que estamos cultivando uma mentalidade errada em relação aos seus valores (Tg 4. 4/I Jo 2. 15, 17). O maior tesouro dos Céus é a paz, é por ela que devemos lutar (I Pe 3. 11/Hb 11. 24, 26). Ela é gerada em uma mente marcada por Deus (Is 53. 5/Fl 4. 7). Vivemos em paz porque Jesus marcou com sua morte e ressurreição o nosso entendimento no quis diz respeito ao amor que Deus sente por nós (Ef 2. 14a). Crer que circuncisão e rituais podem salvar é o mesmo que crer que as águas do batistério tiram nossos pecados e nos purificam para entrar no céu. Davi venceu Golias porque foi marcado pelo sobrenatural de Deus ao vencer o Urso e o Leão (I Sm 17. 33,-37). O Apóstolo Paulo prosseguia sempre adiante por que possuía marcas em seu corpo provocadas por uma esperança maior que nossa compreensão (Gl 6. 17/Fl 3. 13, 14). Ele estava destinado a herdar um Reino maior que a vida. E aquela marca lhe lembrava todos os dias essa verdade, e os valores dessa vida não lhe molestavam. Porque a marca da esperança não deixa duvida nem trás confusão, e não seria essa a marca de todos aqueles que foram escolhidos por Deus? (Rm 5. 5/I Cor 15. 19).

 

“Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.   (Romanos 8. 37, 39 – NVI).

 

Ney Gomes – 4º Trimestre de 2005.  Twitter@neygms

"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10

 


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