Série Filipenses 2021 - Enfeitiçados pelo Rito.

 ENFEITIÇADOS PELO RITO.

“... segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.” (Fil 3. 6)

Imagem de um soldado sobre um cavalo. do filme cavalo de guerra.

Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, porém do SENHOR vem a vitória.

(Pv 21. 31 - ACF)

Cavalos sempre provocaram nos corações de homens simples e poderosos grande fascínio. Não apenas pelo animal em si, mas por tudo o que por ele e ao redor dele pode ser construído. Símbolos de poder, força, conquistas, monarquias e vitórias, os cavalos são dos animais mais respeitados e desejados pelos homens. Sua história está intimamente ligada a tudo o que edificamos como civilização (II Cr 9. 23- 29).

O amor por cavalos e o que eles significam vem de longe, de tão longe que às vezes, o significado se separa do próprio animal. Às vezes, em um coração o dinheiro se perde de sua finalidade, um homem se afasta da imagem de seu criador e um sacerdote passa a amar mais a liturgia do que o Objeto da adoração. É amplamente documentada a história de nossas paixões por pessoas e coisas erradas.

No Brasil, o mercado de cavalos movimento cifras na casa de 30 bilhões/ano. Mas esse valor não era nada poderoso para enfeitiçar o coração de alguém como Paulo. Paulo era um ministro de Cristo pragmático, um homem que entregava resultados e que nisso tinha cativo o seu interesse. Um pavão não necessita de ser enfeitado, mas é isso que algumas igrejas e pastores prometem em suas reuniões e prédios. E acredite! Não lhes falta público. Porquê?


Por que tem gente mais interessado nas selas do cavalo do que na vitória que Deus pode ofertar por meio dele. Hoje tem gente mais interessada na estética dos prédios do que na verdade que se é pregada entre suas paredes. Por vezes, ficamos
enfeitiçados pelo ritual de nossos deveres, apaixonados pela coisa solene de nossas obrigações, encantados pela formalidade que nos é função. Paulo viveu dentro disso, para dizer exatamente o quanto isso pode significar prisão. Gente que faz do preparar o cavalo um “carnaval”, um desfile de alegorias. Gente que se esquece de Deus por conta da beleza que existe nas liturgias e cerimônias.

Nos dias de Paulo tinha gente enfeitiçada pela beleza da ritualística judaica, assim como hoje tem gente enfeitiçada pela beleza da ritualística cristã. Amar ritualísticas tem o poder de colocar coisas valiosas e grandiosas em “caixinhas de fósforo”. Gente que diante da beleza do Taj Mahal se esquece de celebrar a história de amor de Shah Jahan.

Mas quem foi mesmo Shah Jahan? 

 

Ney Gomes – 14/10/2021. Twitter@neygms

"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10


 

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