Devocional Josué - A Conquista do Céu (05/05).

 


TRANSFORMANDO CONQUISTAS EM DECISÃO.

 

“... Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.
 
“... Porque, se Josué lhes tivesse dado descanso, Deus não teria falado posteriormente a respeito de outro dia. Assim, ainda resta um descanso para o povo de Deus...”

(Josué 24. 15/Hebreus 4. 8, 9)

 

   Sem a menor sombra de dúvida, Josué depois de Cristo, é o maior conquistador na Bíblia Sagrada. Na vida de um homem, seja ele quer for, sempre haverá lições para se extrair, positivas ou não, sempre aprenderemos alguma coisa, se tivermos perspicácia. Josué nasceu para ser um grande conquistador (como você!), desde cedo aprendeu o valor da liberdade, saindo do Egito ainda jovem, aprendeu que sua liberdade tinha um preço que deveria ser pago ao longo de toda a sua vida (Luc 9. 23). Preço de luta, de esforço, de coragem, de perseverança e obediência. E nisso tudo ele foi bem-sucedido, pois confiou em Deus (Js 3. 5). Nossas lutas sempre nos trazem alguma vantagem, o trabalhador do campo tem seus celeiros de grãos, ele sabe que tão importante quanto lutar e manter o que se conquistou. Algumas pessoas se preparam para grandes conquistas e conquistam! Mas depois, não sabem como gerenciar o que foi conquistado. Josué foi incrível no que diz respeito a conquistar e planejar. Suas vitórias, derrotas, tristezas, alegrias e privilégios podem e devem se tornar em algo importante a ser guardado. Em Ai, aprendeu à lição da santidade, em Gilgal a lição da malícia, enfim, coisas que também devemos guardar em nossos celeiros. Há momentos que é importante ter péssimas lembranças pessoais (Josué tinha muitas: rebeliões no deserto, pessimismos constantes e concupiscências diversas). O que vivemos é no que vamos nos transformar. Porém chega uma hora, em que as lutas cessam, aí é necessário administrar. Josué transformou todas as suas vitórias em decisão de servir ao Senhor, pois ele reconhecia que tudo vem do Senhor (Ex 19. 5/Sl 24. 1). A paz da qual desfrutamos, em boa parte, vem de nossas decisões diante das coisas dessa vida (Mt 6. 33/ 27. 1-5). Não podemos ser vitoriosos completamente, e isso aprendemos com Josué, se não tomarmos a decisão de no fim de tudo permanecermos firmes no Senhor (II Tm 4. 7). Mas uma vez Josué se lançava num empreendimento levando em consideração aquilo que o Senhor lhe revelará ao longo de sua vida, desde a mocidade (Ex 24. 13).

No fim de sua vida Josué afirma sua decisão e dessa forma ensina a jovem nação de Israel a obter a verdadeira paz do céu. Em seu último discurso (cap 24) ele fala da bondade de Deus com Israel desde Abraão, fala da aliança confirmada com seus filhos e de como usou Moisés, fala de Seu amor e interesse ao ouvir o clamor dos cativos no Egito e de tudo o que realizou para mudar esse quadro. Para Josué tudo isso é motivo suficiente para servir o Senhor e para ter paz de espírito. O escritor Sacro de Hebreus nos diz que Josué não conseguiu dar descanso ao povo de Israel, mas ele também não poderia, pois isso se constitui numa decisão pessoal. Era isso que Josué falava ao povo em seu último discurso; decisão pessoal, que trás paz e descanso quando feita da forma certa. Nada para Josué nunca esteve ligado a terra, em seus dois sentidos, mas a Deus que dá aos que crêem o descanso verdadeiro e a paz dos céus (24. 14, 15). Para ele a terra não era a única promessa de Deus para aquele povo, Ele queria lhes dar mais, porém nem todos foram capazes de herdar. Havia um repouso que só a fé, a santidade e a confiança lhes daria o direito de herdar e disso Josué falou com autoridade ao reafirmar sua decisão (Hb 4. 11). O repouso do qual fala o escritor sagrado de Hebreus é um repouso que poucos conquistaram sob o comando de Josué (Jz 2. 7-14), mas que ainda pode ser conquistado por todos aqueles que estão sob o comando daquele que é maior que Josué: Jesus Cristo, Senhor da Terra e do Céu! (Jo 14. 1- 4).


 Palavra de Conclusão.

 A Paz Eterna que desejamos se conquista em vida, com obediência e transparência. Ela habita numa nova mentalidade, expressa em firme decisão. Não existe outro caminho para esse propósito. Não conquistaremos inteiramente o Reino dos Céus (do hebraico, malekhüth shamayim) enquanto estamos lutando por ele aqui. Mas se perseverarmos, ele nos conquistará inteiramente no fim dessa árdua luta que travamos em nós mesmos, contra o triste e funesto destino que nos preparou o pecado (Mt 11. 12/Rm 6. 23a).                                       

  

Ney Gomes – 4º Trimestre de 2005.  Twitter@neygms
                           "Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10        
Texto REVISADO no 1º Trimestre de 2021.

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