Devocional - Entre Milagres e Providências (Sl 30. 5).
“... O choro pode durar uma
noite, mas a alegria
vem pela manhã.”
(Sl 30. 5b - ACF)
Se uma noite de lágrimas não vai embora completamente, a alegria de uma manhã nunca é plena. Perder um filho, ou ter um filho como perdido é uma noite que no coração de um pai não acaba nunca (o Brasil tem em média 60 MIL pessoas desaparecidas por ano). Recuperar um filho nessas condições é como se reencontrar com os primeiros raios de sol de um dia de inverno. Ele chega e em todos os lugares que entra anuncia que a esperança é real.
A parábola do filho pródigo (ambiente do meu próximo livro) conta a história da chegada desejada de uma manhã alegre e de uma noite longa que não quer ir embora. A parábola vai nos lembrar que um dia pleno de alegrias é fruto também de uma bem executada engenharia emocional. O pai corre para curar o choro de uma noite que está na alma de um, e descobre que vai ter que acender a alegria das manhãs na alma de outro (Lc 15. 28).
O retorno do filho mais moço é como a “montanha que encontrou Maomé”. Se a alegria da manhã é um milagre, resolver os problemas de uma noite de choro é responsabilidade nossa. A montanha só encontrou Maomé por lhe reconhecer de muitos outros encontros. Mas se uma montanha havia voltado, era preciso ir buscar a outra.
Pessoas de inteligência emocional não sentam em cima do sucesso. Tão importante quanto celebrar “alegria que vem pela manhã” por um filho que volta para casa, é garantir que o outro, saindo zangado, não provoque desta vez, uma noite que nunca termina, cheia de choro.
Precisamos usar o milagre das manhãs
que chegam para resolver o problema das noites que nos ameaçam. Aproveitar um milagre para resolver as
nossas vidas é fundamental para fazer das noites apenas um tempo para dormir e
sonhar: “Porque
esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo,
dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que
Deus te deu todos quantos navegam contigo” (At 27. 23, 24).
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