BARULHOS E RUÍDOS DE ETERNIDADE.

 


BARULHOS E RUÍDOS DE ETERNIDADE.

Quando fecho os meus olhos e me concentro, consigo ouvir – como coisa que vem de bem longe – o som das engrenagens que movem a eternidade. Tais engrenagens servem para manter afastado as tolices dos nossos achismos daquilo que realmente faz sentido. A eternidade que vai coroar a fé verdadeira precisa estar intacta para ser um prêmio digno dos vencedores.
 
Somente os poetas e os profetas podem ouvir, em certas noites, esse som que vem do outro lado do abismo (espumas de antagonismos) que separa as coisas visíveis das invisíveis. Nesse lugar, que bem pode ser descrito como uma oficina de virtudes, Deus executa seu trabalho para o bem de todos aqueles que O amam.
 
Com coração unânime dizem os profetas e os poetas, que nos dias que sucedem tais noites, se é possível encontrar um grande amor para toda a vida, vencer gigantes, saltar muralhas e fazer exércitos baterem em retirada. Subjugar reinos, viver promessas inauditas, fechar a boca de leões, vencer a violência de espadas, beber saúde da doença, sujeitar a força do fogo! Da fraqueza tirar força, ver o que ninguém jamais viu, ouvir o que ouvidos jamais ouviram e sonhar e interpretar o que nenhum coração jamais sonhou.
 
Engrenagens que foram rabiscadas por um verdadeiro arquiteto. Há tantas coisas sérias nesse mundo escondidas em embrulhos de bobagem (absurdos que confundem os sábios e edificam os tolos). Quem pode dizer ao certo se são os ventos que balançam as árvores ou se são as árvores que produzem os ventos?
 

Ney Gomes – 01/11/2022.

“Teólogos escrevem sobre Deus. Mas quanto aos poetas, só Deus sabe! ”


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