Poesia - Realengo (2).
PAULO
E MARIA DAS SAUDADES.
[Poesia –
Realengo II]
De nossa infância, de Realengo
No que respondi: eu sou poeta!
O tempo inteiro!
Das ruas, dos dias, das noites, das dores...
Das dores de todos os amores que ali ensaiei
E nunca vivi!
Saudades do que entreguei, e que em contrapartida
Nunca recebi de volta!
Mas que sempre fui buscar de volta pra mim
(Quantas vezes me perdi de mim mesmo na curva
Sinto saudades do que nunca fui, do que sou e do que
Nunca vou deixar de ser!
Que os amores que planejei não tiveram tempo de acontecer
Mas não sei dizer ao certo em quais amores desses
Minhas saudades repousam sem paz!
Do bairro que deixei e que trago junto a mim
(Não sei se deixei minhas saudades em Realengo
Poetas têm noites sem sono, mas nunca sem sonhos!
Às vezes, sem palco, mas nunca sem espetáculo no coração!
Um poeta sempre sofre com saudades calcificadas
Saudades sem infelicidades, sem insatisfações
Saudades que só os poetas conseguem suportar
De tudo, todo tempo, o tempo inteiro, como deve ser!
Ney Gomes –
05/12/2022.
“Teólogos
escrevem sobre Deus. Mas quanto aos poetas, só Deus sabe! ”
(para o meu irmão "Paulo Catalunha", que amo)
Como vivemos saudades em Realengo meu irmão!!!
ResponderExcluirSaudades daqueles tempos, daqueles sons daqueles amores que o tempo trouxe e nos levou e nem sabemos se foi mesmo amores, mas que deixaram saudades!!!
Te amo eternamente meu irmão!!!