Devocional - Gratidão, por Maria.

 


Gratidão, por Maria (Luc 10. 38- 42). 

“Respondeu o Senhor: “Marta! Marta!
Você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia apenas uma é necessária.
Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada”. (Lc 10. 41, 42 – NVI) 

Betânia não estava longe de Jerusalém, assim como Maria nunca esteve distante das verdades mais poderosas que existem dentro da gratidão. A sabedoria de Maria acerca da gratidão tem a ver com o seu valor para o tempo da adoração. No entanto, é em Marta que veremos a ausência do que em Maria funciona tão bem. 

A gratidão, nas ações de Maria, servem como algo que facilita e mantém regulado o relógio da adoração. Errar esse tempo e esse alinhamento vão nos trazer três prejuízos ao viver, e são eles: 

1.     INQUIETUDE “Marta, porém, estava ocupada com muito serviço...”. Uma adoração úmida de gratidão nos devolve um estado de paz. A gratidão devolve à adoração a prioridade que lhe dá brilho singular. Inquietude – vale a pena lembrar – é um dos assuntos mais importantes do Sermão do Monte (Mt 6. 24- 34). Um coração que adora em gratidão é um coração que descansa e confia no cuidado de Deus. Essa lição Pedro aprendeu com o preço de pavor: “E vendo isto Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador. Pois que o espanto se apoderara dele, e de todos os que com ele estavam, por causa da pesca de peixe que haviam feito”. (Lc 5. 8, 9) 

2.    DESLOCAMENTOS “Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor...”. O trabalho é uma adoração, quando a adoração não é um trabalho. Uma adoração sem a lubrificação da gratidão nos coloca em hora errada, indevida e desproporcional. Adoração sem trabalho é vadiagem, mas muito trabalho sem adoração é “ativismo vazio”. Oferecer tempo de qualidade para Deus era o propósito sagrado do sábado. Todo aquele que adora a Deus em espírito e verdade cria em seu coração um pequeno sábado que agrada a Deus. Em Éfeso, Paulo teve que trabalhar para o seu sustento, e diante das necessidades de outros, não parou o seu trabalho, mas entendia que o seu trabalho era uma adoração a Deus: De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as
enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam
(At 19. 12).


3.     INSEGURANÇAS “Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço?”. A insegurança nos faz formular perguntas erradas, em horas erradas, para pessoas erradas. A adoração fundamentada em gratidão nos dá segurança de identidade, propósito e destino. Conhecer a Deus é ser grato por sua obra e sacrifício. Enquanto não avançamos nisso, nosso coração fica sendo morada de coisas indevidas e incertas. Devemos nos lembrar da pergunta ridícula que os discípulos levantaram no barco: “Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram: “Mestre, não te importas que morramos?” (Mc 4. 38). Uma adoração desidratada pode costurar perguntas que nunca vão aquecer a alma em dias de tempestades. Uma colcha de retalhos cheia de buracos, que a ninguém aquece. 

A gratidão vai fazer você acertar o tempo da adoração. O tempo errado pode tirar você da adoração. Mas a adoração de todo coração vai te acrescentar algo que tempo algum, por mais errado e difícil que seja, poderá tirar de você!

 

Ney Gomes – Janeiro de 2024.
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"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10

 




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