PAI NOSSO! NA ÓTICA DE JESUS!
ALTO BIOGRAFIA.
(Definindo uma vida e uma missão).
“... Orem assim: "Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém”. (Mateus 6. 9, 13 – NVI).
Muito já foi dito a respeito da oração do PAI NOSSO, e eu não me atreveria a acrescentar algo, se aquilo que vou lhes mostrar não fosse algo da maior relevância e revelado pelo Espírito Santo. Na verdade o que quero, é me juntar a todos aqueles que uma vez iluminados pelo Espírito decodificaram alguns princípios dessa importante oração de Jesus.
Quando estudamos o Pai Nosso, através da teologia sistemática, descobrimos que essa oração tinha desde seu início um caráter provisório na vida dos discípulos. Jesus deu a seus seguidores, enquanto estava com eles, orientações básicas de como se dirigir a Deus de modo eficaz. Mas chegaria um tempo que essa oração seria desnecessária dado ao fato de Ele próprio ir se sentar à destra de Deus, e como homem ser nosso sacerdote eternamente (Hb 7. 24, 28), como bem nos descreve o escritor sagrado de Hebreus. Não estou dizendo que a oração do Pai Nosso não tem valor, estou dizendo que ela cumpriu seu objetivo e que por isso ficou registrada na história sagrada dos evangelhos. A chegada do Espírito seria um fato muito mais poderoso na vida de oração da igreja, que se formou desses discípulos (ver João 16).
Muito mais que um modelo de oração, o Pai Nosso é um estilo de vida, que expressa a orientação que Um homem daria a Sua vida e ministério. No centro dessa oração está o próprio Jesus, 100% homem e 100% Deus, e dentro dessa realidade ele vai fazer uma oração que vai revelar muito mais que a solicitude de um mestre atencioso (Lc 11. 1), mas a natureza de uma verdade que transformará vidas mundo afora por mais de dois milênios. A oração do Pai Nosso de forma simples revela a influência do divino sobre o humano e vice - versa, e isso tudo dentro de um homem que é íntegro em sua natureza, como seus semelhantes. Somos informados que o Pai Nosso possuí seis petições das quais três dizem respeito à Glória de Deus e que as outras três dizem respeito ao bem - estar dos homens: “Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Em sua natureza humana Jesus ora levando em conta a informação que recebe de sua natureza divina, e ele ora para ensinar aos homens que é necessário dar importância a busca da Glória de Deus. Mas como um Deus gracioso, que se deixa influenciar pela necessidade humana, (fruto de uma experiência inédita – Jo 1. 14) ele expressa o desejo de em todos os sentidos ver o bem estar dos homens: “Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”.
Essa oração descreve com ricos detalhes o ministério de Cristo e seus pensamentos. O surpreendente é que o Pai Nosso revela com clareza que para Cristo o bem estar dos homens e tão importante quanto Deus ser glorificado. Não vale a pena na ótica de Cristo se valer de abandonar o compromisso com os homens para ser mais “santo para Deus”. E isso Jesus demonstra se assentando na mesa com pecadores (Mt 9. 11/11. 19) e pessoas de “baixa sorte social”. A verdadeira espiritualidade Cristã reside no fato de que os homens são mais importantes que reuniões e liturgias minuciosamente elaboradas. Cerimônias ricas são aquelas onde todos os indivíduos são valorizados sem distinção de classe social, como bem nos alerta os apóstolos Tiago e João (2. 1, 4/I Jo 3. 16, 18). No Pai Nosso Jesus disse que os homens seriam tão importantes para Ele quanto o Pai, essa verdade produziu sentenças maravilhosas ao longo de seu ministério. Falando sobre as três primeiras petições Ele diz: “Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer” (Jo 17. 4 - Só atitudes concretas glorificam a Deus – Jo 9. 4, 5). Falando sobre as últimas três ele diz: “eu vim para que tenham vida, e a tenham em estado completo” (plenamente/abundante - Jo 10. 10b/Mc 10. 45). Jesus nunca serviu a Deus independente dos homens e vice-versa. Não existe ação social sem espiritualidade e não existe (nem em sonhos) espiritualidade sem ação social (Tg 2. 14, 26). Por isso o Pai Nosso é muito mais que um modelo de oração. Jesus fala de si mesmo nessa oração; de sua conduta, de seus pensamentos, da ordem de suas obrigações e deveres (Jo 4. 34).
Comecei a entender a oração do Pai Nosso numa semana em que disse para Deus que desejo levar minha vida Cristã além de um auxílio eclesiástico e uma prebenda pastoral. Que não quero ficar “cansado dos homens” e de seus problemas. Jesus não desistiu dos homens que tinha como seu pior representante (nos evangelhos) Judas, o qual Jesus escolheu mesmo sabendo dos riscos. Jesus, que dizemos com orgulho ser nosso exemplo, desejou equilibrar seu ministério em duas verdades que em sua vida tinham peso igual e Ele expressou a vontade de que cumpríssemos seu ministério em nós ao dizer: “O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei”. (Jo 15. 12)
O princípio no qual Jesus viveu, é a base para todo e qualquer ministério na igreja. Seja ele qual for, a busca pela Glória de Deus e o bem estar dos homens devem caminhar em equilíbrio (Gl 2. 10). Se não for assim, Deus não será glorificado e os homens jamais serão curados de suas doenças espirituais e sociais (Os 4. 1, 2). Baseados em todas essas informações pode se dizer que a vida Cristã é feita de santificação e serviço. E se caso errei em algo que disse, para não perder a leitura vale a pena fazer uma ressalva: “Sem essas coisas presentes em nós, jamais veremos o Senhor”. (Hb 12. 14/Mt 5. 20).
Ney Gomes – 02/05/2005.
É isso que tenho a dizer e a seguir!
Não existe amor sem justiça!
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