Mosaico Davi - A Necessária Tolice dos Desertos.
A
NECESSÁRIA TOLICE DOS DESERTOS.
“E, ouvindo Davi que
Nabal morrera, disse: Bendito seja o SENHOR, que julgou a causa
de minha afronta recebida da mão de Nabal, e deteve a seu servo do
mal, fazendo o SENHOR tornar o mal de Nabal sobre a sua cabeça” (I Sam 25. 39 –
ACF).
Para que um
deserto seja realmente um lugar de transformação, alguns ingredientes se fazem
necessários tão quanto suas areias. Todo bom deserto precisa ao menos de um
tolo, um ‘bom’ tolo, não precisa ser novo, mas tem de ser um tolo em ‘bom uso’.
Todo deserto que se faz divino é carregado por uma personagem cheia de tolices.
E todo deserto, sendo divino, só suporta um tolo (Luc 4. 1).
“E Jesus, cheio do
Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto; e quarenta dias foi
tentado pelo diabo”. (Luc 4. 1, 2)
Então, para
cada história de promessas existe um tolo, um tolo ‘necessário’. Para Davi,
Saul foi esse tolo, o lado da moeda em que não devemos nos reconhecer em sua
imagem. A tolice está lá para nos lembrar do que é preciso se abandonar para
viver os propósitos de Deus. E Saul. Rei e tolo, cumpria essa missão na vida de
Davi com excelência. Ele era o retrato vivo do que uma autoridade espiritual
não deve ser diante de Deus. E se Deus não quer, ser
é uma tolice.
Um
tolo pode ser usado em muitos desertos, entretanto, um deserto não aceita muitos
tolos. Então,
surge esse homem chamado Nabal, tolo até o nome (25. 25). Um tolo sem pedigree. Mas seu problema foi que ele
não era necessário, pois Saul chegara primeiro. E o que acontece no deserto com
os tolos desnecessários? Ora, eles morrem. Nabal pagou um preço caro, por ser
tolo e por ser um tolo dispensável.
“E era o nome deste homem
Nabal, e o nome de sua mulher Abigail; e era a mulher de
bom entendimento e formosa; porém o homem era duro, e maligno nas obras, e era
da casa de
Calebe”. (25. 3)
Tanta
tolice me fez lembrar do tolo de meu próprio deserto. Um tolo clássico, mais erudito em ser tolo
do que Saul e Nabal juntos, personagem de meu deserto e de outros,
que foram obreiros de minha geração. Quem em sua mão não morreu eclesiasticamente,
como eu, hoje é dono da oportunidade de ser chamado ‘de pastor’. Sua tolice se
fez necessária para moldar o coração de uma geração de obreiros que cruzaram
seu caminho e decidiram por não serem semelhantes a ele (vs. 10, 11).
Tenho por
certo dizer que ele não morrerá como Nabal, por que
afinal, ele se tornou necessário. Mas, sua utilidade está perto do fim.
Por que os desertos não duram para sempre. Sempre haverá novos tronos para
serem ocupados, outros desertos para serem montados e bons tolos que podem ser
aproveitados.
Pastor Ney Gomes – 12/06/2017 - Twitter@neygms
"Se
trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus
vivo". 1 Timóteo 4.10
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