I João - Cristandade Simples (14).

A UNÇÃO FAZ A HORA.

“Quanto a vocês, a unção que receberam dele permanece em vocês, e não precisam que alguém os ensine; mas, como a unção dele recebida, que é verdadeira e não falsa, os ensina acerca de todas as coisas, permaneçam nele como ele os ensinou”. (I Jo 2. 27 –NVI). 

No alto de seus 60 anos de ministério, João nos fala com exatidão sobre o principal benefício do saber. O verdadeiro ensino nos fortalece na decisão de estar diante Dele. E não poderia ser diferente, já que a unção vem Dele. Ele – Jesus – sempre teve fortes convicções pessoais, como aquela que demonstrou ao subir a Jerusalém para enfrentar a morte que devia morrer (Lc 9. 51). 

A unção que vem dEle não poderia e ainda não pode produzir nada que não seja relacionado ao desejo de estar no céu. Paulo em sua instrução a Tito nos ajuda a entender a “unção que Dele procede” (2. 11, 12 - KJA). Suas palavras dizem: “Porquanto, a graça de Deus se manifestou salvadora para todas as pessoas. Ela nos orienta a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa neste presente era”. A crença imbuída dessa unção aponta claramente para uma esperança viva. E essa esperança é poderosa para fortalecer o nosso homem interior diante dos apelos do mundo, da carne e do diabo. Com tal poder e crença rejeitamos as paixões que tão de perto nos rodeiam; validando assim a confiança que declaramos no dia de Sua vinda (v. 28). 

João volta a bater na velha tecla ao dizer que nós não mudamos o “mundo das pessoas, mas, as pessoas do mundo”. A unção não erradica com o mal que há tempos vigora, mas, nos dá poder para rejeitar a sua prática. Ora, sabemos que Deus é amor, justiça e verdade, no entanto, sem unção não amamos, não fazemos o que é justo e não falamos com franqueza. Nos últimos dias vivemos um momento de fácil saber, onde um clique te deixa informado de qualquer coisa. Mas, esse saber é vazio e levedado, e o fruto disso é um considerável aumento da iniquidade, do amor ao dinheiro e ao apego as formas de poder. Temos vivido a maldição de uma doutrina elitista e seletivista. Elitista por que hoje entre líderes se é possível fazer tudo. Roubar, mentir, enganar e reinventar doutrinas (corporativismo). Se autodenominar o que quiser e em nome de Deus gozar de tudo o que o dinheiro aqui pode pagar. Seletivista por que a doutrina está sendo escolhida com feijão. Se falar de dinheiro serve, senão, o contexto histórico não vale mais. Se o membro tem posses ele merece visita, atenção e discipulado, mas se não têm, precisa marcar hora com o pastor na igreja. 

A unção que vem dEle não só nos afasta dessas coisas, como não nos permiti reproduzi-las. Nossa esperança ainda está por vir, mas nossa crença é sempre presente. Se nossa esperança nos faz crer que Ele é justo, nossa crença leva a prática da justiça. Dá para resumir assim: Quem tem a unção faz agora, e com a esperança, aguarda O acontecer.

Ney – Verão. 09 de Fevereiro de 2011.

"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo". 1 Timóteo 4.10

 

“Só a visão de um futuro glorioso, pode transformar um presente tão horroroso. Isso é esperança que produz fé”. (Ney).