I João - Cristandade Simples (19).
AMOR. CERTEZA DE RELACIONAMENTO.
“Amados, se o nosso coração não nos condenar, temos confiança diante de Deus (...) obedecemos aos seus mandamentos e fazemos o que lhe agrada. (...) Os que obedecem aos seus mandamentos nele permanecem, e ele neles. Do seguinte modo sabemos que ele permanece em nós: pelo Espírito que nos deu”. (I Jo 3 21- 24, trechos – NVI).
A Cristandade é marcada por uma vida de
atitudes. Os teólogos morrem; suas memórias vão
para a prateleira de uma biblioteca qualquer. As
catedrais caem, e quando não, se tornam prédios bonitos que enfeitam praças e
esquinas de ruas famosas. Mas o que uma pessoa faz dura para sempre, e
de coração pra coração, transforma o jeito das pessoas encararem as coisas da
vida. Ora, sabemos que João ao longo de sua
carta nos dá a conhecer testes simples, que podem ser executados para a
obtenção de um conhecimento pessoal ou coletivo.
Ao listar os efeitos da comunhão Cristã, João nos faz entender que o viver correto dessa verdade nos produz um grande benefício. Quando amamos em verdade, esse amor produz em nós a “segurança do relacionamento”. Essa segurança se apoio em três fundamentos:
I.
A Ciência
Absoluta de Deus
– Ora, o que fazemos, fazemos para Deus (Ef 6. 6). E é Ele, que melhor que
ninguém dá testemunho disso. Ele fez isso com Jesus, com Antipas e é certo
dizer que ainda O faz. “Deus é maior do que nosso
coração e sabe todas as coisas”. A confiança nessa verdade é a motivação
principal para sermos pessoas corretas de dentro para fora e de fora para
dentro.
II.
A Ciência
de Nós Mesmos
– Você pode enganar todo mundo, o tempo todo, por toda a vida. Creia! Isso é possível. Mas, ninguém se engana;
sequer por um minuto (Jo 19. 8). Um trecho da Música de Raul Seixas diz: “Convence as paredes do quarto e dorme tranquilo, sabendo no
fundo do peito que não era nada daquilo”. Sabemos exatamente o que
fazer para agradar a Deus, e isso nos leva a obedecer e se sujeitar. Que
mediante tais coisas, nos ouve em tudo o que pedimos.
III.
A Ciência
da Comunhão
– Só o Espírito pode gerar em nós o verdadeiro prazer em congregar. Sabemos que
o verdadeiro amor parece facilitar as coisas mais difíceis. Quem ama a
plenitude dos projetos de Deus, congrega; por que a igreja nasceu para proteger
a espiritualidade daqueles que desejam permanecer em Jesus. Sabemos que nem
todos os que estão na igreja têm o Espírito dentro de si. Mas, é impossível que
fora dela, o Espírito habite em alguém. Pois o Espírito foi confiado não há uns
poucos homens, mas a comunhão daqueles
que amam a Jesus. O cenáculo onde os primeiros discípulos oravam não esteve todo o tempo com 120 pessoas.
Talvez, em alguns momentos tenha tido o triplo disso, todavia, de um misto
duvidoso. Talvez, em certas horas, não passassem de três, mas, de fiéis. Creio
em algumas oscilações numéricas nos
dez dias. No entanto, quando não foram poucos, nem
incrédulos, foi que o Espírito desceu para inaugurar aquilo que é o assunto
central da carta de João: “Koinonia”
(At 2. 42). O Dr.
Myer Pearlman em seu consagrado
livro diz que, naquele tempo, as
características mais atraentes da comunhão eram o calor e sua solidariedade.
Essa comunhão eliminava as distinções terrenas, tornando os homens e mulheres
em verdadeiros irmãos e irmãs em Cristo (Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – pag. 219 – Ed.
Vida).
João começa falando sobre filiação, seus
benefícios e responsabilidades. Fala sobre esperança, pureza, justiça,
sacrifício, coragem, santidade e compaixão. Características vivas de uma igreja
que emite luz divina sobre a sociedade. Daqui ele vai para o outro extremo, mas
antes, deixa claro que mediante tais coisas, uma pessoa pode facilmente
consultar se tem ou não relacionamento com Deus. Se tivermos certeza de que
Deus é Galardoador
Onisciente, se não somos loucos esquecidos e se amamos a comunhão com a igreja,
apesar de seu gigantesco problema atual. Podemos estar certos que não seremos
tragados pelas coisas que João passará a descrever como os efeitos da
irradiação do mundo.
Ney –
Verão. 09 de Fevereiro de 2011.
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a
nossa esperança no Deus vivo". 1 Timóteo 4.10
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