A LIÇÃO DE JABEZ. Panela das Emoções.

 

imagem extraída da internet.

PANELA DAS EMOÇÕES.

“E foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; e sua mãe deu-lhe o nome de Jabez, dizendo:
Porquanto com dores o dei à luz. Porque Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Se me abençoares muitíssimo, e meus termos ampliares, e a tua mão for comigo, e fizeres que do mal não seja afligido! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido”.

(I Cr 4.  9, 10 – ACF).

Tem pessoas – e isso, em diferentes momentos de nossa vida – com quem vamos construir pouca coisa emocionalmente, por conta de suas experiências pregressas de dor. Os pais têm responsabilidade de pavimentar um caminho emocional para os filhos, mas não é isso que muitos filhos recebem quando passam a se entender por gente. Não foi isso que aconteceu com Jabez. Tem pessoas cujo anseios relacionais não encontram espaços emocionais, planta de castelo que não encontra um grande terreno. E tudo isso, por conta de adultos e pais malcozidos. 

Jabez era aquele tipo de pessoa que se tornou referência em finanças, uma luz, que guiava corações para fora do breu da pobreza. Em dias como hoje, seria alguém que chamaríamos de consultor, um coach de finanças. Mas esse sucesso que fazia dele alguém ilustre na área das finanças, não se repetia na vida emocional e Jabez sabia que não era senhor desse ‘savoir-fare’. Sua mãe parecia ter selado seu destino sentimental nos dias de seu nascimento, a estrada que não foi pavimentada de alegrias. O parto difícil e complicado de Jabez tomou todo o espaço para os ingredientes de paz, e sua mãe usou todo o punhado de paciência que a criação de filhos exige no momento em que ele nasceu, Jabez cresceu destemperado: “... Efraim é um bolo que não foi virado” (Os 7. 8). 

Jabez, que não teve uma largada feliz, assistia em seus relacionamentos entornar o caldo das emoções. Sem terreno, sem espaços emocionais e sem pavimento, Jabez vivia de ânimo perturbado, um persistente sentimento de dor, que chamamos de “aflição”. Sua panela de emoções se encheu no longo dia do seu nascimento. Se fosse mesmo comida, as dores que ele provocou ao nascer, poderia alimentar um batalhão por anos, talvez décadas. Uma panela emocional que não tinha espaços para os novos ingredientes que a vida iria lhe trazer da ‘mercearia do destino’. E tudo isso graças a sua mãe! 


Jabez
viu se apequenar suas chances naquela pequena cozinha de emoções. Sua mãe não lhe foi bem um “mestre do sabor, um master chef” emocional. E por conta disso, todos os dias ele sentia o gosto amargo dessa verdade. Então ele decidiu ir direto ao dono do Restaurante da vida, para fugir dos azedos e vencidos de seu viver. Ele queria ser feliz emocionalmente como era feliz em produzir riquezas, todavia, lhe seria preciso encontrar àquele que de um limão faz uma limonada, que faz uma grande omelete sem quebrar muitos ovos, ao que quebrar o coco mas não arrebenta a sapucaia: Deus! 

Um ‘boi cevado’ sem paz de nada vale (Pv 15. 17). Mas se você foi colocado na rodovia do contentamento, achará felicidade em toda vendinha que parar, em pratos de hortaliça. Jabez abandonou aquelas panelas tóxicas e abraçou uma fome bendita e essa fome, foi sua melhor mudança. Jabez, é verdade, foi malcozido por sua mãe, mas, bem temperado por seu pai. Na vida não dá para ser bom em tudo, mas Deus faz tudo em nós ser bom. Pois Ele é o verdadeiro Mestre das panelas e dos temperos do viver. Sobre isso Jesus disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mt 5. 6). O “melhor tempero” para mudanças é ter fome, fome de Deus!

 

Ney Gomes – 24/06/2021. Twitter@neygms

"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10

 

 


 

 

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