Apologética - Um NOVO Bezerro de Ouro!

 

O BEZERRO DE NÚMEROS.

“Na morada do meu Pai, a muitas casas decimais! Se não fosse o PIX eu teria dito: vá fazer um DOC agora! Pois com o recibo, eu virei e vos levarei para mim mesmo”

(Epístola dos Vendilhões Capítulo 1, verso 71)

Demorou um pouco de tempo, mas a ação do diabo no mundo fez a maioria da igreja evangélica ser idólatra de resultados. Idolatramos números reais, sem se importar com o que ele significa, aqui, ali e em todo lugar. Por exemplo: um casamento com menos filhos significa mais tempo, mais viagens, mais consumo, mais roupas, mais noitadas, mais prazer! Por outro lado, o mundo mulçumano se faz respeitar por um casamento cheio de crianças. Se isso significa perigo, pouco importa, somos escravos dos números que esses casamentos ocidentais e islâmicos produzem. Em 50 anos, o mundo islâmico será a maioria na Europa e dominará todo o armamento nuclear do velho continente. Então, os pais de “pets” e seus filhos de quatro patas, morrerão. 

A bem da verdade, os números devem ser celebrados onde eles precisam, mas igreja não se pode medir em sucesso por números. Seremos “solenemente” lembrados por Paulo, que o sucesso da igreja habita na continuidade e não nos resultados numéricos (Mt 22. 32). Nesse século que começou o amor aos números de 4 casas decimais tem nos trago muitos desgostos e abusos indizíveis. 

Nossa confiança deve estar toda em um processo de continuidade e não de resultados: “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (II Tm 2. 1, 2). Sucesso de igreja é continuar e continuar como antes, e isso, não podemos mais celebrar, apesar dos números galácticos que a igreja produz no ocidente. Paulo ensina para Timóteo o que aprendeu de Cristo: que sucesso é sucessão! “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (Jo 20. 21). 

Precisamos lembrar sempre – para o nosso bem – que o primeiro ajuntamento [verdadeiramente igreja] no livro de Atos não serviu de motivo de celebração, mas de preocupação. Ao chegar em Antioquia, Barnabé que conseguia enxergar além da sedução dos números, exortou o povo a permanecer firme em Cristo (At 11. 23). Os números crescentes de Antioquia atraíam a atenção de gente madura e séria, como Silas, que era profeta do SENHOR: “Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras. E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos; Mas pareceu bem a Silas ficar ali” (At 15. 32- 34). 

Paulo lembra a Timóteo, de maneira formal e também afetiva, que se a igreja for confiada a um projeto de resultados, ela vai fracassar, mais cedo ou mais tarde: “Dou graças a Deus, a quem desde os meus antepassados sirvo com uma consciência pura, de que sem cessar faço memória de ti nas minhas orações noite e dia; Desejando muito ver-te, lembrando-me das tuas lágrimas, para me encher de gozo; Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti” (II Tm 1. 3- 5). 

O Bezerro que hoje representa um perigo real não é mais de ouro, mas de números, inteiros, racionais, ordinais, irracionais, primos e binários. Porque todo mundo ama os grandes números. Mas como dizia a mãe da mãe da minha mãe, que também me ensinou: você não é todo mundo! A igreja não é todo o mundo. 

 

Ney Gomes é o autor do BLOG ‘Grãos de Entendimento’,
um trabalho de 17 anos, com mais de MIL poesias/textos publicados.
Também é o autor de três livros publicados em papel.
05/06/2024 – Twitter@neygms
 “Tudo o que passou é experiência. O agora é relacionamento e o que está por vir é desafio”.

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