Salmo 23 - O Conhecimento de Davi. [Prólogo]


SALMO 23. O CONHECIMENTO DE DAVI.

PROLÓGO.
O PODER DO CONHECIMENTO.
 

“... Escolheu no riacho cinco pedras lisas, colocou-as na bolsa, (...) e, com sua atiradeira na mão, aproximou-se do filisteu”. (I Sm 17. 40 – NVI). 

Da luta entre Davi e Golias, surge uma poderosa verdade: Não existem gigantes que possam se manter de pé diante de um coração cheio de conhecimento. Da experiência de viver no campo, cuidando de ovelhas entre feras selvagens, Davi nos ensina que não devemos sair para enfrentar nossos problemas sem ter algo em mente e algo nas mãos (17. 40).

Ele nos ensina a maneira exata de obter vitória em todas as coisas com as quais precisamos nos envolver ao longo dessa vida. Precisamos ter mais coisas na mente do que nas mãos. Em tudo, existe sempre a possibilidade de resolver a mesma coisa de três a cinco maneiras diferentes. E a mente precisa estar treinada para entre as possibilidades escolher a melhor opção (Fl 2. 5- 11). No caso de Davi, das cinco pensadas por ele, uma somente foi necessária. Mas, não podemos dizer ao certo de quantos pensamentos mais ele se armou. Na Bíblia, cinco é um número fatídico, ele significa ‘morte’ (Gn 5. 5). Uma mente que se enche de conhecimento é por si só um funeral para os problemas que vai encontrar (Sl 90. 12/Pv 23. 12/Ef 3. 10).

A DINÂMICA da vida moderna tem promovido um esvaziamento de pensamentos (Fl 4. 8, 9). Conclusão: As pessoas se levantam pela manhã sem saber o que fazer com o casamento, os filhos, o trabalho e a fé. Por isso, existem muitos maridos e esposas carentes de amor, filhos sem direção, trabalhos sem excelência e igrejas sem propósito (Sl 90. 17). Como diz um ditado antigo: Uma mente que não pensa sempre poderá ser encontrada num corpo que padece!

“... Armem-se também do mesmo pensamento”. (I Pe 4. 1b).

 


 INTRODUÇÃO.

O CONHECIMENTO DE DAVI. 

Quando em 2004 comecei a rascunhar aquilo que seria meu primeiro livro sobre Davi, logo percebi que seu sucesso foi construído sobre uma quantidade ilógica de decisões inteligentes. Davi tinha uma inteligência focal e por isso, conseguia ter qualidade de vida mesmo quando tudo lhe era adverso. Ele não permitia que nada fora de seu coração fosse fator importante para a sua paz e fala disso em seus salmos: “Quando os malvados, meus adversários e meus inimigos, se chegaram contra mim, para comerem as minhas carnes, tropeçaram e caíram. Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nisto confiaria. Uma coisa pedi ao SENHOR, e a buscarei: que possa morar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR, e inquirir no seu templo”. (27. 2- 4 – ACF).

Davi era menino, mas isso já era uma verdade amadurecida em sua vida. Evidente em sua luta com Golias e em como ele ignora todo o ambiente de terror que reinava nas fileiras dos soldados de Saul. Isso iria se tornar uma marca de sua vida, liderança e poesia: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam”. (23. 4). Cada luta, combate e conflito fazia crescer essa sua característica fantástica, como mais uma vez ele bem descreve em outra poesia: “Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não se abalará. Deus a ajudará, já ao romper da manhã”. (46. 3- 5).

Davi treinou suas emoções para que sua felicidade dependesse apenas de seu conhecimento, escolhas e fé. Nas lutas e provações ele aperfeiçoou a sua busca por Deus, pelo sagrado e pela justiça. E se algo lhe atingia de maneira inesperada, era o sinal de que ele tinha saído de onde estava em Deus. Como no episódio de Ziclaque: “E Davi muito se angustiou, porque o povo falava de apedrejá-lo, porque a alma de todo o povo estava em amargura, cada um por causa dos seus filhos e das suas filhas; todavia Davi se fortaleceu no SENHOR seu Deus”. (I Sm 30. 6). 

Por causa disso, Davi assim é citado no NT: “Tendo, pois, Davi servido ao propósito de Deus em sua geração...” (At 13. 36). E por tal característica significar um alto fator de sucesso, Jesus implantou ela em seus discípulos, verdade essa que se pode observar no Evangelho de João: “Quando Pedro o viu, perguntou: “Senhor, e quanto a ele? Respondeu Jesus: “Se eu quiser que ele permaneça vivo até que eu volte, o que lhe importa? Quanto a você, siga-me!” (21. 21, 22). Nunca foi bom para a saúde da fé olhar circunstâncias, tempos, costumes e homens. Preocupação, apenas na medida do cuidado e do amor fraternal. No mais, foco!

Paulo lembra disso o tempo todo e deixa esse legado para Timóteo, a quem encarregou de dar sucesso a todos os seus ensinos: “Mas você tem seguido de perto o meu ensino, a minha conduta, o meu propósito, a minha fé, a minha paciência, o meu amor, a minha perseverança (...) Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu”. (II Tm 4. 10 e 14).

Não permita que nada tire a sua paz! O mundo é um lugar de aflições para quem anda com suas motivações do lado de fora do peito e as ideias fora da cabeça! (Jo 16. 33).

Olhar o Salmo 23 por essa abordagem nos trará a oportunidade de inserir tais elementos de sua inteligência em nossa rotina, trabalho e relacionamentos. Espero que essa leitura deixe você mais robusta para os desafios que vai encontrar! 


Ney Gomes é o autor do BLOG ‘Grãos de Entendimento’,
um trabalho de 14 anos, com mais de MIL poesias/textos publicados.
Também é o autor dos livros “Êxito Sobre os Desertos 1 e 2”.
16/12/2018 – Twitter@neygms

 “Tudo o que passou é experiência. O agora é relacionamento e o que está por vir é desafio”.




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