Salmo 23 - Bastidores.

 


Salmo 23 – Bastidores (subsídios).

 

Alguns acontecimentos seculares lançam luz perfeita para o entendimento de certas verdades. Verdades essas que em muitos casos se ocultam por detrás de belos versos, como no caso do Salmo 23: “O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará”.
 
Às vezes, os tempos ficam difíceis e às vezes, as dificuldades pioram os tempos. Recursos importantes desaparecem como uma névoa fina diante do sol matinal. Voam para longe de nós como aves migratórias, oportunidades, amores e investimentos, e então, palavras como qualidade somem de todos os indicadores de nosso viver.
 
Assistimos o mundo enfrentar uma pandemia, para logo depois encarar um conflito na Europa com fortes chances de guerra global. O suficiente para atrair fantasmas do passado como inflação galopante, escassez de alimentos, produtos e um primitivismo superado (II Tm 3. 1- 5). Diante disso, as nações entraram em ação para socorrer seus povos, cultura e economias. Subsídios de toda espécie tem sido oferecido para minimizar os agentes de uma crise sanitária seguida de uma guerra e seus efeitos (chegará o tempo em que um subsídio será a pior das armadilhas de satanás – Ap 13. 16, 17).



Subsídio é um auxílio, uma ajuda, um aporte, um benefício que tem por objetivo adiantar um processo desejado ou mitigar um efeito que não se buscou. No mundo esse recurso recebe vários nomes, mas no Brasil ele ficou marcado como “bolsa”. Bolsa família, escola, maternidade, estudo. O termo “vale” também popularizou: vale gás, transporte, alimentação, cultura e etc. Nações Europeias, Americanas e Asiáticas entraram em ação para socorrer seus povos como uma série de subsídios nunca antes pensado.
 
Mas antes de todas essas coisas se tornarem em instrumento de políticas públicas, Davi já anunciava: O SENHOR é o meu Subsídio (mesmo que os tempos fiquem difíceis), de nada terei falta. O que Davi afirma aqui é que SE a hora difícil viesse sobre ele, o SENHOR lhe seria seu recurso, sua bolsa, seu vale infalível.
 
Davi já tinha construído no Salmo 23 a sua própria pirâmide das necessidades humanas, Maslow deve ter lido atentamente esse Salmo quando desenhou a sua, que mais tarde ficaria famosa. Davi parte das necessidades fisiológicas, como comer, beber e descansar. Ele avança pelas questões de segurança, ao afirmar que confia na proteção de DEUS ainda que em lugares incertos. Deixa claro o seu relacionamento com o Altíssimo, que supre sua carência social. E na ponta de sua pirâmide está sua mais importante realização pessoal: uma devoção que não pode por ser confundida com uma aventura amorosa de verão.


 
Veja! Davi não está afirmando que tudo isso acontece ao mesmo tempo, mas que acontece quando ele realmente precisa. Ele trabalha pelo sucesso que deseja em DEUS, mas reconhece que esse trabalho algumas vezes não é suficiente para produzir os resultados que ele almeja. Davi era um homem esforçado, mas sabia que esforço nem sempre era o suficiente. Sua fé lhe fazia confiar em DEUS em tempos difíceis e adorá-lO nos tempos possíveis.
 
Assim como comer mel, ajuda demais nunca faz bem ao espírito do homem (Pv 25. 16 e 27). Foi Luiz Gonzaga que eternizou essa verdade na canção vozes da seca: “Uma esmola, para o homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão. Espere pelo SENHOR quando realmente você precisar dele! Ele é o nosso Subsídio bem presente na hora da angústia.



Ney Gomes – 18/07/2022. Twitter@neygms
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