MARCOS E OS ENIGMAS DE SEU EVANGELHO (1B\2).

 

Imagem de Jesus estendendo a mão para tirar uma pessoa da água.
imagem extraída da internet.

RIQUEZA QUE NADA COMPRA.

MARCOS E OS ENIGMAS DE SEU EVANGELHO (1B\2).

Leitura do devocional: Marcos 10. 17- 22

 Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então se deve redobrar a força; mas a sabedoria é excelente para dirigir”. (Ec 10. 10) 

Jesus é essa Pessoa sempre fantástica, que tem o poder de ver o valor das coisas e dos outros mesmo quando eles não parecem estar sendo usados. A história de um jovem rico que encontra Jesus, é mais um desses enigmas que Marcos coloca em seu Evangelho. Para nos fazer entender e forçar nosso entendimento na verdade de que algumas coisas apenas são explicadas quando colocadas de trás para frente! É o v. 22 que explica a pobre declaração do jovem no v. 17. Jesus não fez disso uma doutrina, mas aproveitou da ocasião para nos dar um excelente ensinamento, de que acumular valores em lugares errados nos faz empobrecer nos lugares certos. Tirando assim a ‘potência’ de nossas verdades: “Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades”. 

Ter muitas riquezas em lugares errados nos faz ter várias vezes, uma visão pobre de pessoas, que de maneiras diversas podem nos trazer bastante riqueza no todo: “... Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?”. Aos olhos daquele jovem, Jesus era apenas mais um ‘rabi’ de grandes novidades. Isso aconteceu em dias em que muitos judeus já haviam formado opinião superior e mais preciosa sobre Jesus: “E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo”. (Lc 7. 16)


Marcos quer demonstrar que enquanto os homens não conseguem enxergar os valores que lhe estão evidentes, Jesus, vê aquilo que está soterrado sob camadas de culturas e pecados (Jo 8. 10, 11). Num mundo onde muitas pessoas se contentam em apenas serem “troncos de árvores”, Jesus enxerga naquele jovem um autêntico e verdadeiro machado: “Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe. Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade. E Jesus, olhando para ele, o amou. Todos nós – com raríssimas exceções – amamos coisas que estão prontas, isso é, amamos facilidades. Aquele jovem é um machado pronto para o trabalho e para um construtor de destinos é fácil se apaixonar por ele. Jesus reconheceu que ele estava pronto. Isso é evidente nas palavras “ele o amou”. Aquele jovem era ‘a ladeira a baixo, meio caminho andado, a última milha”. 

Nos anos que trabalhou com seu pai José, Jesus foi ensinado sobre o valor que tem uma ferramenta bem cuidada. Aquele jovem ‘mancebo’ rico, como um machado apenas precisava de uma coisa: ser amolado, afiado! “Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me”. É evidente que ele tinha tudo, mas é notório que ele não tinha ensinadores! Ter um professor faz toda a diferença na vida e não o ter riquezas! Foi Abraham Lincoln que certa vez disse: “Se eu tivesse apenas uma hora para cortar uma árvore, eu usaria os primeiros quarenta e cinco minutos afiando meu machado”. Tantos recursos e tanto tempo, e aquele jovem não havia aprendido nada. Sem um ensinador, um mestre, uma verdade não passa de uma informação que recebemos. “... tudo isso guardei desde a minha mocidade”.



Tanta coisa preciosa junta no lugar errado pode fazer de nós uma pessoa sem propósito e sem missão (Mt 6. 33). E cada dia que passamos sem tomar uma decisão fica mais difícil para decidir. Os romanos para quem Marcos escreveu deveriam entender que Roma não era a riqueza que lhes daria segurança e salvação, e sim, Jesus. Mas para isso, era preciso enxergar primeiro o problema (v. 22), para depois aceitar a solução! (v. 17). Que ter a confiança em lugares errados pode nos custar o bem que dinheiro algum pode pagar (Ec 9. 11). Assim como o machado tem no derrubar árvores a sua utilidade, riquezas só tem valor (sic) se nos compram as melhores decisões. 

Mas desde os dias de Jesus, essa riqueza ainda está oculta de muitos olhos e corações!

 

Ney Gomes – 01/10/2020. Twitter@neygms

"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10




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