A POLARIZAÇÃO DA IGREJA.



A POLARIZAÇÃO DA IGREJA.
(de 2010, com acréscimos em 2017)

“Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, 
e tu o levantarás em três dias?” (Jo 2. 20 – ACF)

            A Política Nacional desses dias nos têm ensinado uma grande lição sobre a #polarização e seus riscos. Os últimos dois partidos que governaram o Brasil nesses anos, não nos tem deixado tranquilos para colocar o voto nas urnas (só os militantes sentem essa paz). Ora, nós que somos cristãos temos enfrentado uma #polarização ainda mais perigosa. Uma #polarização que nos tem sido imposta nas últimas décadas como uma escolha inevitável. E parece, a meu ver, não existir uma terceira via.






“Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, 
mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus”. (Sl 90. 2 – ACF)

      >> Foi Moisés que em seu louvor (Salmo 90), deixou registrado que os “extremos” somente devem ser habitados pelo Altíssimo Deus. Uma ideia imortalizada também por João em Apocalipse; ao afirmar que Jesus é o Alfa e o Ômega, Princípio e Fim (Ap 1. 8). Em seu louvor, Moisés nos descreve – nós seres humanos – com excelência no v. 3. Deus, por seu perfeito, pode perfeitamente ser de direita ou de esquerda, capitalista ou comunista, republicano ou monarquista, conservador ou progressista, tradicional ou reformado. Ele pode ser tudo isso, sem que isso signifique prejuízo ao outro extremo. Quanto a nós, saudável é ao próximo quando somos equilibrados, moderados e razoáveis (Pv 13. 8/At 15. 6- 22). É comum de um coração nobre entender o equilíbrio que é devido ao exercício de viver. O rei Agur, em provérbios 30 diz: “... Não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume”. (v. 8). Tais ensinamentos de equilíbrio se encontram na ‘fundação’ do Cristianismo, e nos deveriam fazer pensar sobre o grande risco que existe em ser ‘fundamentalista’ (I Tm 6. 7- 10). A vida (em sua atribuição exclusiva) nos fornece lições extremas  para fazer o nosso coração encontrar moderação. Salomão aprendeu e nos ensina isso em Eclesiastes 7. 1- 4. <<


         De um lado, nos é oferecido à seriedade das instituições. Algumas por serem muito antigas, conseguem moldar seus ministros, ou não lhes dar espaço para manifestações pessoais mais ousadas. Com o tempo essa igreja encontra harmonia em sua mensagem, em virtude de seu pesado legado histórico. No entanto, algumas dessas igrejas históricas não conseguem avançar sobre um campo mais pessoal. Isso tem causado morte naqueles que precisam de um tratamento mais intenso em seu íntimo. Essa igreja não se flexibiliza para o coração. Suas ambições são sempre nacionais, regionais, ou no mínimo distritais.





        Do outro lado, nos é oferecido á seriedade dos homens. Alguns, cheios de piedade e visão de Deus, conseguem se moldar como verdadeiros ministros do altar. Não precisam da força de uma igreja antiga para serem moldados. Sozinhos, conseguem (por meio da disciplina pessoal) manter o compromisso com a moral e a ética (palavra amada e tão distante de nós), com a verdade e com os desejos de Cristo. Todavia, quando isso não se torna uma verdade em suas vidas, não há quem lhes impeça os maus hábitos. E que outra coisa tem causado tantos escândalos na igreja como isso?




         Nessa #polarização, prefiro a segunda opção, por falta de uma terceira via. Prefiro apostar no coração dos homens e em seu desejo sincero de acertar; ainda que errando bastante. Prefiro os homens, por que a igreja institucionalizada (aprendi por sofrer) quando não conserta, corrompe totalmente, absolutamente! Formando ministros acima do bem e do mal, que por ninguém podem sem repreendidos. Que julgam suas causas com absoluta brandura, na desculpa de que ‘pastorear’ é um exercício muito pesado e penoso. Além do mais, segundo as melhores tradições, ovelhas são criaturas feitas para sofrer, dar lã, crias e leite. Totalmente débeis e carentes de um cajado e vara. 





         Igreja é para fazer bem aos homens, ministros ou leigos. Mas talvez não muito distante desse dia chamado ‘hoje’, teremos que decidir se queremos os homens ou as leis que eles fabricam. Se desejamos a grandeza dos templos, ou a grandeza dos homens. Não tardará o dia em que teremos que escolher entre o fruto do que se edifica em 46 anos e do que se edifica em 03 dias. Na sábia escolha disso, resultará uma terceira via (despertamento) para esses fins de dias.



>> Acréscimos de 2017 <<
Ney Gomes - Outubro de 2010..
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10

 

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